segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

"SENADO - Votação do salário mínimo marca a semana"

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O senador Paulo Paim (PT-RS), de dentro da base do governo, anunciou que irá propor uma emenda para antecipar R$ 15 do reajuste do salário mínimo que seria feito no próximo ano
FOTO: AG. SENADO

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21/2/2011
Com poucos dissidentes no Senado, o governo espera aprovar sua proposta de salário mínimo de R$ 545
Brasília. O Senado terá uma semana intensa, apesar de o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), já ter avisado que o projeto do salário mínimo será a única votação relevante que deverá acontecer na Casa. Governo e base aliada deverão estar concentrados para a aprovação da matéria, cuja votação está prevista para quarta-feira.

Hoje pela manhã, os líderes dos partidos da base aliada terão um encontro com a presidenta Dilma Rousseff para a reunião do Conselho Político, quando os discursos devem ser afinados sobre a votação de quarta-feira. Com poucos dissidentes no Senado, o governo espera aprovar o novo valor do salário mínimo, de R$ 545, com ampla margem de votos e sem emendas que obriguem o texto a voltar para a Câmara.

Para o governo, também é importante contar com a coesão dos aliados para impedir que a oposição derrube o Artigo 3º do projeto de lei, que prevê que o governo poderá reajustar o mínimo por decreto até 2015, de acordo com as regras da Política Permanente de Valorização do Salário Mínimo. Além dos oposicionistas, dentro da base aliada, o governo já conta com um voto contrário ao artigo, anunciado pelo senado Roberto Requião (PMDB-PR). Ele avisou que considera o assunto inconstitucional e que votará a favor de emendas que ampliem o valor do mínimo para R$ 560.

Ainda dentro da base, Dilma também já encontra resistência ao valor de R$ 545. O senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou esta semana que irá propor uma emenda para antecipar R$ 15 do reajuste que seria feito no próximo ano, atendendo assim à proposta das Centrais Sindicais que pedem um mínimo de R$ 560.

Para tentar conter os dissidentes, o líder do PT, Humberto Costa (PE), fará amanhã uma reunião com a própria bancada, e os senadores do seu bloco - PRB, PR, PSB, PDT e PCdoB. Costa avisou que irá cobrar "reciprocidade" dos senadores aliados e que irá trabalhar para derrubar todas as emendas que forem apresentadas. No mesmo dia, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, estão convidados a esclarecer no Senado a política do salário mínimo.

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