O ataque aconteceu na cidade de Mardan, que fica próxima à fronteira com o Afeganistão
FOTO: REUTERS
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11/2/2011
O Taleban informou que é responsável pelo ataque a um centro de recrutamento militar em Mardan
Islamabad. Um menino usando uniforme escolar desfechou ontem um ataque suicida contra um centro de recrutamento militar na cidade de Mardan, noroeste do Paquistão, causando a morte de 31 cadetes, informaram autoridades.
Pelo menos outros 36 ficaram feridos pelo ataque, cuja autoria foi requisitada pelo Taleban no Paquistão. "No momento, 31 soldados morreram e 36 ficaram feridos, 16 deles gravemente", declarou Abdullah KHan, policial de Mardan, que admitiu que o balanço pode ser maior. O ataque foi o 10º em duas semanas.
O atentado contraria a afirmação do governo paquistanês de que as ações repressivas do Exército enfraqueceram os militantes, pois indica que os grupos armados da região estão se reorganizando após um período de calmaria, segundo analistas. Nos últimos meses, os atentados vinham sendo, na maior parte, de fundo sectário, e não tinham como alvo os militares.
Aparentemente, o menino entrou a pé no centro de recrutamento, disseram autoridades militares. Uma fonte de inteligência paquistanesa informou que o menino tinha 12 anos, mas autoridades do governo disseram depois que ele teria entre 19 e 20 anos de idade.
"A bomba atingiu os recrutas enquanto os cadetes estavam ocupados nos treinamentos da manhã", disse uma fonte.
O Taleban afirmou que é o responsável pelo ataque e que o garoto era um soldado cooptado, acrescentando que os recrutas foram escolhidos como alvo do atentado porque o "Exército paquistanês está trabalhando pelos interesses dos EUA".
O atentado também é uma represália aos disparos de mísseis quase diários dos aviões sem piloto americanos nas zonas tribais, que têm como alvo líderes da Al-Qaeda e dos talibãs paquistaneses e afegãos.
O Exército do Paquistão vem realizando uma série de ofensivas contra insurgentes do Taleban ligados à rede Al Qaeda. Entretanto, as operações em áreas tribais, onde o Estado não consegue impor a lei, mas não vêm conseguindo deter a determinação dos militantes de desestabilizar o governo.
"Parece que o Taleban ainda é uma força muito potente porque continua a atacar instalações, mesmo após um período de calmaria", disse o ex-general Talat Masood.
Fronteira
Mardan é uma cidade-guarnição que fica próxima das zonas tribais do noroeste, perto da fronteira com o Afeganistão, área que é um reduto dos talibãs paquistaneses, principal zona de treinamento da Al-Qaeda no mundo e retaguarda importante dos talibãs afegãos.
A pequena cidade fica a 50 km do distrito tribal de Mohmand, onde o Exército executa desde o fim de janeiro uma ofensiva contra os talibãs. O Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP) é o principal responsável por quase 450 atentados - a maioria suicidas - que matou mais de 4.000 pessoas em todo o país em três anos e meio.
Islamabad. Um menino usando uniforme escolar desfechou ontem um ataque suicida contra um centro de recrutamento militar na cidade de Mardan, noroeste do Paquistão, causando a morte de 31 cadetes, informaram autoridades.
Pelo menos outros 36 ficaram feridos pelo ataque, cuja autoria foi requisitada pelo Taleban no Paquistão. "No momento, 31 soldados morreram e 36 ficaram feridos, 16 deles gravemente", declarou Abdullah KHan, policial de Mardan, que admitiu que o balanço pode ser maior. O ataque foi o 10º em duas semanas.
O atentado contraria a afirmação do governo paquistanês de que as ações repressivas do Exército enfraqueceram os militantes, pois indica que os grupos armados da região estão se reorganizando após um período de calmaria, segundo analistas. Nos últimos meses, os atentados vinham sendo, na maior parte, de fundo sectário, e não tinham como alvo os militares.
Aparentemente, o menino entrou a pé no centro de recrutamento, disseram autoridades militares. Uma fonte de inteligência paquistanesa informou que o menino tinha 12 anos, mas autoridades do governo disseram depois que ele teria entre 19 e 20 anos de idade.
"A bomba atingiu os recrutas enquanto os cadetes estavam ocupados nos treinamentos da manhã", disse uma fonte.
O Taleban afirmou que é o responsável pelo ataque e que o garoto era um soldado cooptado, acrescentando que os recrutas foram escolhidos como alvo do atentado porque o "Exército paquistanês está trabalhando pelos interesses dos EUA".
O atentado também é uma represália aos disparos de mísseis quase diários dos aviões sem piloto americanos nas zonas tribais, que têm como alvo líderes da Al-Qaeda e dos talibãs paquistaneses e afegãos.
O Exército do Paquistão vem realizando uma série de ofensivas contra insurgentes do Taleban ligados à rede Al Qaeda. Entretanto, as operações em áreas tribais, onde o Estado não consegue impor a lei, mas não vêm conseguindo deter a determinação dos militantes de desestabilizar o governo.
"Parece que o Taleban ainda é uma força muito potente porque continua a atacar instalações, mesmo após um período de calmaria", disse o ex-general Talat Masood.
Fronteira
Mardan é uma cidade-guarnição que fica próxima das zonas tribais do noroeste, perto da fronteira com o Afeganistão, área que é um reduto dos talibãs paquistaneses, principal zona de treinamento da Al-Qaeda no mundo e retaguarda importante dos talibãs afegãos.
A pequena cidade fica a 50 km do distrito tribal de Mohmand, onde o Exército executa desde o fim de janeiro uma ofensiva contra os talibãs. O Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP) é o principal responsável por quase 450 atentados - a maioria suicidas - que matou mais de 4.000 pessoas em todo o país em três anos e meio.
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