sábado, 12 de fevereiro de 2011

"OPOSIÇÃO CRITICA - Pacote fiscal gera discussão"

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Para o senador Aloysio Nunes, o ajuste fiscal mostra que não está sendo cumprida promessa de campanha
FOTO: AGÊNCIA SENADO

O ajuste fiscal anunciado por Dilma continua repercutindo entre a base aliada e a oposição no Senado
Brasília. Enquanto a oposição criticou ontem as medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo governo, com um corte de R$ 50 bilhões, governistas saíram em defesa da presidente Dilma Rousseff.

O Orçamento total que representa a receita primária é de R$ 990,5 bilhões, e a quantia passível de corte gira em torno de R$ 220 bilhões. O ajuste foi calculado levando-se em consideração o salário mínimo de R$ 545.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) disse que a presidente, na campanha eleitoral, havia descartado a necessidade de ajuste. Na visão dele, o anúncio de cortes mostra que Dilma não está cumprindo o compromisso assumido com os eleitores.

"Ela era a alma do governo passado, e isso dava garantia aos eleitores da continuidade. E não foi isso que aconteceu. O anúncio do corte de R$ 50 bilhões é uma ruptura. A menos que se imagine que aqueles que elaboraram o Orçamento, e me refiro ao ministro Mantega em particular, fossem tão incompetentes que não tivessem previsto o rumo que as contas estavam tomando e que imporiam um ajuste fiscal logo no início do governo", disse Aloysio.

Para o senador, o ajuste deve ser feito com o fim do desperdício de dinheiro público, com a revisão da concessão de incentivos fiscais a grupos econômicos, entre outras medidas. "Se o governo não enfrentar seriamente os desafios de tapar os ralos por onde escorre o dinheiro público, o resto é perfumaria".

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), por sua vez, elogiou "a responsabilidade e a coragem" de Dilma ao anunciar o ajuste fiscal. "Não é porque o governo fez isso que o país vai mal. Não! Vai bem e vai melhor porque tem responsabilidade fiscal e sabe que só pode gastar o que arrecada".

Outros senadores elogiaram a decisão do governo. Pedro Simon (PMDB-RS) afirmou estar assistindo com muita emoção o início do governo de Dilma. Wellington Dias (PT-PI) observou que se trata de um governo de continuidade do anterior e Lindberg Farias (PT-RJ) ratificou a necessidade de se fazer "apertos" no início da gestão.

Já Cristovam Buarque (PDT-DF) criticou o aumento de salários dos parlamentares no momento em que o Congresso precisa dar o exemplo com o corte de verbas.

FONTE: DN.

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