terça-feira, 9 de novembro de 2010

"PRIMEIRA REUNIÃO - Transição discute orçamento e mínimo"

Os integrantes da equipe vão agora conversar com o relator geral do orçamento da União, Gim Argello
FOTO: ANTÔNIO CRUZ/ABR

Ainda no encontro de ontem, ficaram delimitadas as funções dos principais membros da comissão

Brasília - Durou cerca de uma hora a primeira reunião da equipe de transição do governo, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). O vice-presidente eleito, Michel Temer, relatou que o orçamento para 2011 e o valor do salário mínimo foram os temas principais da reunião de ontem. O grupo de transição decidiu marcar um encontro com o relator do orçamento, senador Gim Argello (PTB-DF) para discutir o texto final do orçamento e do mínimo.

O relator manteve na proposta, entregue na última sexta-feira, o salário mínimo em R$ 538,15, como quer o governo. Mas em conversas com jornalistas Argello já sinalizou a possibilidade de elevar o valor para R$ 540. Em outra frente, lideranças das centrais sindicais pressionam para a elevação do mínimo para R$ 580.

Ainda na reunião de ontem ficaram delimitadas as funções dos principais membros da comissão de transição. Caberá aos deputados José Eduardo Cardozo e Antonio Palocci a coordenação da parte administrativa da transição. O vice Michel Temer e o presidente do PT, José Eduardo Dutra farão a interlocução com os presidentes dos partidos aliados. Além da equipe de Dilma participaram, do lado do governo, os ministros Paulo Bernardo (Planejamento), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e o chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho. O presidente do PT, José Eduardo Dutra e os deputados José Eduardo Cardozo e Antonio Palocci deixaram o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) sem falar com a imprensa. Temer confirmou para hoje a reunião com os líderes partidários para definir a votação das 12 medidas provisórias que trancam a pauta.

Equipe:
O governo federal publicou ontem no Diário Oficial da União sete nomes que participarão da transição para o governo da presidente eleita, Dilma Rousseff. O primeiro nome da lista é de Clara Levin Ant, que cuidou do banco de dados da campanha de Dilma. O segundo é o da jornalista Helena Maria de Freitas Chagas, ex-diretora de Jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Integrarão ainda a equipe Cleonice Maria Campos Dorneles; Giles Carriconde Azevedo; Marly Ponce Branco; Anderson Braga Dorneles, e Paulo Leonardo Martins. Todos já atuaram na Casa Civil, quando Dilma estava como ministra da pasta.

CONGRESSO:
Dilma está preocupada com bombas fiscais

Na reunião que precedeu ontem a instalação da equipe de transição, em sua residência no Lago Sul, em Brasília, a presidente eleita, Dilma Rousseff, expôs a preocupação com o conjunto de projetos em tramitação no Congresso que, somados, podem causar impacto de R$ 125,9 bilhões no orçamento. Entre eles, a proposta de elevar o salário mínimo acima de R$ 538,15.

Uma das principais preocupações dos coordenadores da transição é com as propostas de elevar o salário mínimo para R$ 560, como defende o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, ou até para R$ 580, como pleiteiam as centrais sindicais.

Os outros projetos que tiram o sono da presidente eleita são: o aumento de 56% para os servidores do Judiciário, orçado em R$ 6,35 bilhões, a fixação de piso nacional para policiais militares e bombeiros, estimado em R$ 20 bilhões, a recomposição das aposentadorias do INSS, avaliada em R$ 88,3 bilhões, e a regulação da jornada de trabalho de até seis horas ou 30 horas semanais para enfermeiros.

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