sábado, 27 de novembro de 2010

"CONTRA O SUL - Coreia efetua novos disparos"

Houve momentos de pânico na Coreia do Sul quando sons de explosões foram escutados, mas os disparos estavam distantes, e nenhum projétil caiu no território do país, segundo militares
FOTO: REUTERS

Antes dos exercícios de artilharia, país afirmou que manobras conjuntas deixam guerra ainda mais próxima

Seul. A Coreia do Norte efetuou, ontem, um exercício com disparos de artilharia no Mar Amarelo, depois de afirmar que as manobras navais conjuntas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos deixam a península coreana "ainda mais próxima da guerra".

Sons de explosões procedentes da Coreia do Norte foram ouvidos em vários momentos entre 12h e 15h (0h e 3h de Brasília), perto da Ilha de Yeonpyeong, bombardeada na terça-feira por Pyongyang, provocando quatro mortes. Os poucos moradores da ilha que permaneceram no local correram para os abrigos.

Os exercícios navais conjuntos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos começam amanhã no Mar Amarelo, com a presença do porta-aviões "George Washington". "As manobras militares dos imperialistas americanos e de suas marionetes belicistas sul-coreanas são direcionadas contra a Coreia do Norte", denunciou o regime comunista norte-coreano.

"A situação na península coreana está à beira da guerra em consequência do projeto imprudente destes fanáticos do gatilho. O Exército e o povo estão enraivecidos pela provocação do grupo fantoche", acrescenta o comunicado oficial.

Ontem, o presidente sul-coreano Lee Myung-Bak nomeou como novo ministro da Defesa Kim Kwan-Jin, 61 anos, ex-comandante do Estado-Maior das Forças Armadas, famoso pelo pulso firme de comando e pela experiência como estrategista militar.

Advertência:
A China também fez uma advertência, ontem, contra as manobras militares conjuntas. "A situação atual na península coreana é complicada e sensível, todas as partes devem mostrar moderação, trabalhar a favor da distensão, da manutenção da paz e da estabilidade da península, e não o contrário", declarou um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. "Somos contrários a qualquer ação militar não autorizada dentro da zona econômica "exclusiva da China", acrescentou.

Após o alerta, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, telefonou para o chanceler chinês Yang Jiechi. O ministro também conversou com seu colega sul-coreano e com o embaixador da Coreia do Norte em Pequim para discutir a crise. Yang pediu a Seul e Pyongyang moderação. "A tarefa urgente agora é que a situação permaneça sob controle, e que não se repitam incidentes similares", afirmou o ministro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário