sábado, 13 de novembro de 2010

"Especulação - Permanência de Mantega incerta"

Michel Temer diz que as decisões não podem ser vistas como mensagens sobre o futuro dos atuais ministros
FOTO: ANTONIO CRUZ/ABR

O vice-presidente eleito disse que não há garantias com relação à manutenção ou saída de nenhum ministro

Brasília O atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, não tem permanência garantida no próximo governo, segundo o vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB). Temer também disse que não há certeza no afastamento do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

Ontem, o presidente Lula deu sinais de que Mantega seguirá comandando a pasta econômica: pediu um relatório para um evento que será realizado só em 2011.

Ao mesmo tempo, a Presidência cancelou, sem explicações, viagem de Amorim à cúpula do G20, na Coreia do Sul.

Para Temer, as decisões não podem ser interpretadas como "mensagens" sobre o futuro de Amorim e Mantega na gestão da presidente eleita, Dilma Rousseff. "Eu não acredito muito nessas chamadas mensagens. Não faria a leitura que está sendo feito. Essas coisas evoluem tanto ao longo das discussões, sobre a ocupação dos ministérios, que não sei se Mantega vai continuar e nem sei se Amorim está descartado. Eu tenho muito medo de ler mensagens que nem sempre refletem a realidade", disse o vice nesta sexta-feira, em Buenos Aires.

Primeira baixa:
Temer, que coordena a transição dos governos, afirmou que a primeira baixa sofrida pela equipe de transição "implica zero" e não trará "problema nenhum" ao processo. Referia-se à a advogada Christiane Araújo de Oliveira, 30, que integrava a equipe e pediu demissão ontem.

A renúncia ao cargo - pelo qual receberia salário de R$ 2.600 - veio depois da revelação de que ela foi denunciada em 2008 pelo Ministério Público Federal. Christiane é acusada de envolvimento com a máfia dos sanguessugas.

O afastamento da servidora não prejudicará a passagem de bastão de Lula para Dilma, segundo Temer. "Verifiquei que o chefe da Casa Civil já tem um quadro completo de todos os setores da administração pública e até eventuais sugestões. Eu não vejo como a participação de uma figura, nessa comissão, que tem 39 pessoas, possa prejudicar a transição."

O PMDB já tem uma lista com alguns nomes que pretende emplacar no ministério da presidente eleita Dilma Rousseff e também uma relação de peemedebistas que deverão perder o apoio da legenda. Entre os favoritos estão Edison Lobão, para Minas e Energia e Eduardo Braga para Transportes. Nelson Jobim e José Gomes Temporão devem perder os cargos.

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