domingo, 21 de novembro de 2010

"HAITI - Resposta à cólera foi inadequada"

Segundo a MSF, as necessidades básicas para controle da doença no Haiti ainda não foram atendidas
FOTO: ST- FELIX EVENS/REUTERS

Porto Príncipe - A resposta à epidemia de cólera que já matou quase 1.200 pessoas no Haiti foi "inadequada", segundo a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF).

A MSF diz que apesar da enorme presença de agências humanitárias no país, necessidades básicas ainda não estão sendo atendidas.

A organização pediu ação imediata para a construção de latrinas, acesso a água limpa e a remoção de corpos das ruas, além de dizer que é necessário que a população seja informada de que a doença é tratável.

O cólera causa diarreia e vômito, levando à desidratação. Ela pode matar rapidamente, mas é facilmente tratada com antibióticos e hidratação.

Segundo dados do Ministério da Saúde do país, o total de pessoas mortas pela epidemia que começou no mês passado já chega a 1.186.

Segundo o chefe da MSF no Haiti, Stefano Zannini, seus médicos já trataram mais de 16,5 mil pessoas com a doença, mas "não há uma resposta eficiente e real de outras organizações".

"Isso é alarmante no sentido em que ainda não chegamos ao pico, isso ainda pode levar um tempo, então o número de pacientes ainda pode aumentar", disse ele.

"Não há tempo para reuniões e debate - a hora de agir é agora", defendeu Stefano.

Alguns haitianos culpam soldados nepaleses das tropas de paz da ONU pelo surgimento da doença, já que o cólera era desconhecido no país.

Segundo a MSF, é necessário tranquilizar a população, informando os habitantes de que a doença é de baixo risco.

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