quarta-feira, 24 de novembro de 2010

"CONVITES NA ÁREA ECONÔMICA - Dilma escolhe nomes para BC e Planejamento"

Miriam Belquior e Alexandre Tombini foram convidados para assumir o Planejamento e o BC, respectivamente

Brasília. A presidente eleita, Dilma Rousseff, deverá anunciar os integrantes da econômica até amanhã, antes de viajar para Georgetown (Guiana), para o encontro da Unasul. A previsão é de que Dilma mantenha o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no cargo e anuncie os nomes dos novos comandantes do Banco Central (BC) e do Ministério do Planejamento.

De acordo com a Agência Estado, a atual coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Miram Belchior, deverá assumir o Planejamento. O atual diretor de Normas do BC, Alexandre Tombini, é o nome para assumir a presidência da instituição.

Perfil dos escolhidos:
Convidada para ocupar o Ministério do Planejamento no próximo governo, Miriam Belchior, de 51 anos, é uma antiga aliada do Planalto. Foi na transição, em 2002, que ela estreitou os laços com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente eleita Dilma Rousseff. Formada em engenharia de alimentos pela Unicamp e com mestrado em administração pública pela Fundação Getúlio Vargas, Miriam é oriunda dos movimentos sociais e do PT da região do ABC, em São Paulo.

Já Alexandre Tombini serviu no governo FHC e Meirelles chegou ao BC no primeiro mandato do governo Lula, em 2003, depois de ser eleito o deputado federal mais votado pelo PSDB de Goiás. A escolha de Tombini foi dada como certa, depois de uma longa reunião de Dilma com o ministro Mantega na Granja do Torto. Além da presença de Mantega reforçar a condição do ministro como chefe da equipe econômica da presidente eleita, Dilma fez a escolha do novo presidente do Banco Central sem ter feito a prometida reunião com Meirelles.

A presidente Dilma deve deixar a Granja do Torto, onde mora, no final da tarde para ir ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o governo de transição, para responder ao censo do IBGE.

No CCBB, a presidente eleita também poderá receber ainda hoje o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. A assessoria de Dilma informou que o encontro com Meirelles poderá ser adiado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi questionado, ontem, se defenderia a manutenção do presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, no cargo. Em resposta, Lula disse que não defendia ninguém e que todos os ocupantes de cargos públicos no atual governo têm como única garantia a permanência até 31 de dezembro.

A afirmação foi feita pelo presidente em evento do setor sucroenergético na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo. Segundo Lula, a partir do dia 1.º de janeiro de 2011, Dilma "indica quem ela quiser, porque conhece todo mundo, e deve montar um governo com a cara e a semelhança dela". O presidente afirmou ainda que sua sucessora só pode indicar nomes que ela possa ter a liberdade de trocar quando quiser. "Ela está livre para montar o governo dela", destacou.

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