sexta-feira, 15 de outubro de 2010

"MISTÉRIO - Brasileira é morta na Suíça"

Fátima Lorca, 45, foi esquartejada; Polícia da Suíça mantém sigilo devido à última polêmica envolvendo brasileira.

Bienne, Suíça. A brasileira Fátima Lorca Schori, de 45 anos, nascida em Toledo (PR) e criada em Bauru (SP), foi esquartejada em Bienne, na Suíça, onde morava havia seis anos. Segundo o Itamaraty, o governo brasileiro ainda não teve acesso aos detalhes da investigação. Fátima teria sido morta a facadas.

A Polícia de Bienne - cidade de 50 mil habitantes - não informou aonde o corpo foi encontrado e se recusou a revelar qual era a ocupação de Fátima na Suíça. No entanto, os investigadores confirmaram que a arma do crime foi encontrada, mas não revelou o que era nem em que local estava. O motivo do crime também é um mistério.

Os vizinhos da brasileira afirmaram ter ouvido gritos na noite da última segunda-feira. O corpo teria sido encontrado no dia seguinte no salão de massagens onde trabalhava. A brasileira era casada com o suíço Hans Martin Schori.

O sigilo da Polícia foi adotado depois que o governo brasileiro, em 2008, gerou uma polêmica diante do suposto atentado cometido contra a brasileira Paula de Oliveira em Zurique. Ela alegava que tinha sido atacada por neonazistas e o Itamaraty chegou a chamar o encarregado de Negócios suíço no Brasil para dar explicações. As investigações mostraram que Paula forjou o atentado.

Fátima tinha três filhos, de 24, 16 e cinco anos, que moram em Bauru. Eles souberam do assassinato por meio de um telefonema de uma amiga brasileira que também mora na Suíça.

O filho mais novo de Fátima é fruto de seu relacionamento com Schori, que a brasileira conheceu na Suíça, onde foi morar com a intenção de ganhar dinheiro e garantir a educação dos filhos.

A filha mais velha de Fátima, Gláucia, afirmou que a mãe telefonava todos os dias para ter notícias dos filhos. A última ligação aconteceu na sexta-feira, dia 8. Segundo Gláucia, em nenhum momento a mãe aparentou ter problemas ou se sentir ameaçada. Em janeiro, esteve na cidade em férias e também não se queixou de nada.

O viúvo disse à família que o enterro será em Bienne, assim que a Polícia liberar o corpo. Segundo o irmão de Fátima, o mecânico Antonio Lorca, ela gostava muito da Suíça e não há razão para a família transladar o corpo para o Brasil.

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