Dilma Rousseff foi entrevistada no Jornal Nacional pelos jornalistas William Bonner e Fátima Bernardes.
FOTO: REUTERS
Em entrevista, petista minimizou as críticas anteriores do deputado cearense e disse que ele estava "magoado".
Rio de Janeiro. A candidata do PT à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, afirmou que o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) a procurou para contribuir com sua campanha. Ela foi entrevistada no Jornal Nacional, da Rede Globo.
A petista ainda lembrou que Ciro trabalhou na reeleição do irmão, Cid Gomes, no governo do Ceará. "Ele nos procurou e nós aceitamos prontamente", relatou Dilma.
Questionada sobre as críticas do deputado cearense, que chamou o vice de Dilma, Michel Temer (PMDB), de "chefe de um ajuntamento de assaltantes", a candidata afirmou que entendia que Ciro estava "magoado" após ter abandonado a disputa pela Presidência por pressão do governo.
Sobre o afastamento da ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, investigada por denúncias de tráfico de influência, a presidenciável disse que "erros acontecem em todos os governos" e que "não dá para saber se uma pessoa irá errar".
A candidata do PT lembrou que a Casa Civil formou uma comissão de sindicância para a apurar o caso e criticou o governo do PSDB em São Paulo que, segundo ela, não puniu Paulo Vieira de Souza, ex-diretor de engenharia da Dersa investigado pela Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal.
A petista reafirmou ser contrária à mudança da atual legislação sobre o aborto, mas ressaltou que não se pode ignorar os cerca de 3,5 milhões de mulheres que recorrem a essa prática. "O presidente não pode fingir que não existem milhões de mulheres que recorrem ao aborto", afirmou. "Nós estamos falando para prevenir, para que não haja o aborto", defendeu. Dilma se posicionou ainda contrária à realização de um plebiscito sobre a questão.
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