domingo, 17 de outubro de 2010

"CRÍTICAS - Lula diz que ´falta hombridade´ a Serra"

O presidente lula afirmou também que a tática do PSDB cria uma espécie de terrorismo entre os eleitores.
FOTO: AGÊNCIA BRASIL

Afirmação foi feita em comício realizado em São Paulo, o primeiro na cidade durante o segundo turno.

São Paulo. Em comício realizado em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, o primeiro do segundo turno de que participou na capital paulista, noite da última sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disparou contra os adversários de sua candidata à Presidência, Dilma Rousseff, e chamou de "vergonha" e "falta de hombridade" os ataques recebidos por ela.

Lula, que caracterizou como "preconceito contra a mulher" acusações contra Dilma em especial rumores sobre posições religiosas, atribuiu os ataques ao adversário dela na corrida presidencial, José Serra (PSDB). "É uma vergonha, e eu diria que é falta de caráter e hombridade de pessoas que tentam abusar da boa fé do povo para criar terrorismo", declarou o presidente Lula.

Lula lembrou que quando candidato ao governo de São Paulo, em 1982, "eles" (referindo-se a oposição) lançaram panfletos de helicóptero sobre a cidade de São Bernardo do Campo, berço político de Lula e do PT, em que a mãe do presidente era exibida morando em uma casa humilde numa favela em Santos, litoral paulista.

"Eu vivi isso em 1982, 1986, 1989, 1994 e 1998. Sei bem como é. Até que de tanto eles mentirem o povo disse chega. E eu ganhei em 2002, que era contra o Serra. Era contra o seu adversário, Dilma".

Clima religioso:
O comício começou com a presença de padres e pastores. Logo no início, um padre cantou uma música cristã. Em seguida, pastores discursaram. O padre Julio Lancelloti fez um discurso pedindo a Deus que ajudasse os eleitores a votar "com consciência". Ainda antes dos discursos políticos e da entrada de Lula e Dilma no palanque, os líderes religiosos puxaram em coro o Pai-Nosso.

A contraofensiva religiosa, que pela primeira vez chegou a um comício, foi uma das formas que a campanha petista encontrou para combater a perda de votos da candidata no meio cristão, que é atribuído pela campanha a uma onda de boatos na internet.

Na semana passada, ela também lançou uma carta aberta se comprometendo com reivindicações de líderes evangélicos e religiosos, o que inclui o casamento homossexual e a legalização do aborto. "É uma vergonha a campanha do nosso adversário em ataque à companheira Dilma Rousseff. É uma vergonha o preconceito contra mulher", disse Lula em São Miguel Paulista.

Ao lado de Dilma, Lula falou dos ataques que sofreu, segundo ele, desde 1982, quando foi candidato em São Paulo.

"É uma vergonha o que eles estão fazendo numa campanha, mentindo e difamando, na perspectiva de que o povo acredite nas mentiras e eles possam ganhar eleições", disse. "Nós já conhecemos essa história, não é a primeira vez que nós somos atacados", disse Lula. Fazendo um trocadilho com o nome do adversário e arrancando risos do público, Lula afirmou que "não podemos permitir que o Brasil desça serra abaixo".

"Até que, de tanto eles mentirem, o povo resolveu dizer chega. E era contra o Serra. Foi exatamente contra o teu adversário que o povo gritou chega de mentira", afirmou o presidente.

Dilma repetiu, em discurso, a crítica à oposição de que querem "entregar as reservas do Pré-sal para empresas privadas, privatizando o Pré-sal brasileiro", segundo ela. A campanha tucana nega que irá promover privatizações.

Antes de Dilma e Lula chegarem, presidentes e representantes de centrais sindicais falaram. Eles entregaram a Lula e Dilma um documento com reivindicações e de apoio à candidatura da petista.

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