"SUCESSÃO PRESIDENCIAL - Candidato do PSDC faz campanha no Ceará"

José Maria Eymael, candidato do PSDC à Presidência da República, na redação do Diário do Nordeste

JOSÉ LEOMAR

Eymael defende uma nova ordem na gestão pública, inclusive com outros enfoques para os vários ministérios

A polarização na campanha eleitoral para as eleições presidenciais deste ano acabou. A avaliação é do candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDC), José Maia Eymael. Ontem, o candidato esteve na redação do Diário do Nordeste, afirmando não saber onde vai chegar nem se vai haver segundo turno de votação, mas está obtendo um grande crescimento na preferência do eleitorado e o seu partido sairá fortalecido com o resultado das urnas. "Se depender dos candidatos do PSDB e do PV haverá segundo turno, ressalta".

José Maria Eymael assegura que a sua candidatura não é fruto de um projeto pessoal, mas de uma luta pelo crescimento do País com reflexos diretos na melhoria das condições de vida do nosso povo. Embora sem recursos para uma campanha milionária não reclama dos meios que tem e diz que está contando com recursos suficientes para uma boa campanha.

O candidato do PSDC está visitando alguns Estados do Nordeste. Na última quarta-feira esteve no Piauí e chegou a Fortaleza na quinta-feira à noite. Ontem, acompanhado do assessor jurídico do partido, Alexandre Galdi, e do presidente do diretório estadual do PSDC, deputado Gomes Farias, concedeu entrevista a alguns veículos de comunicação e visitou um mercado público, seguindo viagem à tarde, para Natal.

Na entrevista que concedeu ao Diário do Nordeste José Maria Eymael, com base nos resultados das pesquisas eleitorais divulgadas por diferentes veículos de comunicação, acha que o jogo da sucessão presidencial começou de novo e sente que a tendência de muitos eleitores do PSDB e do PV é migrarem para outra candidatura e uma alternativa é o PSDC porque é uma legenda de centro com propostas transformadoras.

Documento

Suas propostas com as diretrizes gerais de Governo estão no documento denominado Carta 27 Brasil. O pouco espaço que dispõe na propaganda eleitoral gratuita assegura que está sendo bem utilizado porque dos 56 segundos a que tem direito, 20 são para a abordagem de um tema. O aprofundamento das questões tratadas é feito com a utilização das redes sociais.

Das 27 propostas apresentadas nas diretrizes gerais de Governo José Maria Eymael faz questão de destacar o ministério da Família, ministério da Segurança pública, Saúde inteligente, Educação para cidadania plena e um novo modelo de gestão pública. O ministério da Família, explica, seria criado para gerir todas as políticas sociais, sem deslocamento das ações atualmente desenvolvidas pelos ministérios.

A questão da segurança pública seria tratada por um ministério específico com a atribuição de desenvolver e aplicar uma política nacional de segurança pública. Na saúde a proposta é aplicar efetivamente o que determina o SUS e dar atenção especial à saúde preventiva.

A educação é tratada como um vetor fundamental para o desenvolvimento, avanço social e cidadania plena. O novo modelo de gestão pública, defendido pelo candidato, exige que todos os cargos de gestão sejam exercidos por funcionários de carreira e o trabalho de auditagem será exercido com independência.

Embora sejam assuntos tratados há vários anos em campanhas eleitorais, mas não efetivados na prática, José Maria Eymael defende a realização de uma reforma política e uma reforma tributária. Para ele um dos fatores que impedem o crescimento do Brasil atualmente é o complexo sistema tributário adotado. Reduzir os impostos e alargar a base de contribuintes é uma alternativa interessante, ressalta.

A reforma política e eleitoral também é necessária e dentre os pontos que destaca estão a adoção do voto distrital misto como ocorre na Alemanha, fidelidade partidária e dois votos para a eleição proporcional. No primeiro voto o eleitor escolhe o partido e no segundo vota em um dos candidatos daquele partido. Também defende o fortalecimento de iniciativas como a Lei Ficha Limpa para afastar da política quem não é digno de ocupar a função que pleiteia.