O pastor Terry Jones afirma que "o Islã é o demônio" e que está exercendo sua liberdade de expressão.
Apesar das críticas do mundo todo, igreja evangélica americana destruirá exemplares do livro em 11 de setembro
Gainesville. A igreja evangélica americana Dove World Outreach, da pequena cidade de Gainesville, na Flórida, pretende queimar cerca de 200 exemplares do Alcorão. A ideia foi criticada pelos Estados Unidos, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pelo Vaticano.
Apesar da condenação internacional, a igreja disse que o evento para queimar o livro sagrado islâmico ocorrerá no aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001.
"Nós queremos que eles (os muçulmanos) saibam que, se estão na América, eles precisam obedecer à lei e à Constituição e não sobrepor sua agenda gradualmente sobre nós", afirmou o pastor Terry Jones.
Jones usa a Internet para alavancar sua campanha anti-islã. Com a ajuda de uma página no site de relacionamentos Facebook, ele divulga o Dia Internacional de Queimar um Alcorão.
Aos interessados em ajudar a campanha, Jones oferece o livro em um site por US$ 12,99 (R$ 22,50), ao lado de canecas (R$ 26) e camisetas (R$ 27). Há ainda alguns trechos que podem ser lidos de graça e que resumem bem os seus argumentos. "Islã não é simplesmente outro conjunto singular de crenças, islamismo é do demônio", escreve o pastor.
No site, Jones explica ainda as cinco razões para queimar o livro sagrado: chocar o mundo de volta à razão; forças as pessoas a fazerem as perguntas difíceis; lembrar ao mundo que ainda há liberdade de expressão; expor a verdade e forçar o mundo a agir. E disponibiliza um blog no qual posta textos contra o islamismo e relatos de apoiadores agradecendo pela "corajosa campanha".
Jones, que anda com uma pistola calibre 40 na cintura, diz entender os protestos contra suas ideias, mas defende estar protegido pela Primeira Emenda da Constituição, que garante a liberdade de expressão.
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