domingo, 26 de setembro de 2010

"Internacional Eleições na Venezuela - Chavismo busca barrar ascensão de opositores"

No Poder desde 1999, Hugo Chávez comanda forte campanha para impedir que outros líderes se destaquem.
REUTERS

Governo venezuelano manobra para evitar que nome forte contra Chávez seja capaz de polarizar disputa eleitoral.

Caracas. Neste domingo, acontecem as eleições que indicarão todos os 165 deputados para a Assembleia Nacional, a câmara única do Legislativo da Venezuela. María Corina Machado, candidata à Assembleia Nacional nas eleições de hoje pelo Distrito de Miranda, é o nome mais destacado da oposição ao Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do presidente Hugo Chávez. Ela tornou-se conhecida como presidente da ONG que liderou a campanha de assinaturas para levar Chávez ao referendo revogatório - ao final, favorável ao presidente -, em 2004.

“No domingo, os venezuelanos poderão escolher entre dois modelos de sociedade: um centralista e militarista, que vem concentrando poder e cerceando liberdades, e um descentralizado, com instituições democráticas e sólidas”, diz a opositora.

“É parte importante da estratégia chavista não permitir que nenhum líder opositor se destaque a ponto de ameaçar o status atual”, declara o professor de Ciências Sociais da Universidade Central, Luis Guerra. “Todos, de líderes sindicais a dirigentes estudantis, que ousaram atrair mais atenção da população do que Chávez atrai, acabaram se tornando alvo de campanha de difamação ou da simples perseguição política”.

A última promessa de liderança, Manuel Rosales, derrotado por Chávez nas eleições de 2006, articulava uma frente opositora viável para 2012. Venceu a eleição para o governo do Estado de Zulia em 2008, mas acabou alijado do processo político e acusado de enriquecimento ilícito com base em provas contestadas pela oposição. No ano passado, asilou-se no Peru.

Yon Goicoechea, líder estudantil que aos 23 anos liderou a bem-sucedida campanha de resistência a uma reforma política proposta por Chávez e derrotada em referendo em 2007 - no único revés eleitoral do chavismo até agora -, praticamente desapareceu da cena política após a campanha de desmoralização promovida pelo governo. Seu crime: recebeu um prêmio em dinheiro de US$ 500 mil da Fundação Milton Friedman.

Outra jovem promessa, Leopoldo López, ex-prefeito de Chacao, ficou fora das eleições regionais de 2008 depois de ter os direitos políticos suspensos, sob acusação de ter praticado “irregularidades administrativas”.

Campanha
Morte de líder das Farc entra no debate

A morte do líder militar da guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), conhecido como “Mono Jojoy”, infiltrou-se na campanha eleitoral venezuelana. Cauteloso, o governo Hugo Chávez manteve discrição sobre a operação militar colombiana.

Na direção contrária, porém, representantes da oposição e meios de comunicação críticos do governo trouxeram à tona as denúncias de supostos vínculos de Chávez com o chefe guerrilheiro, considerado o mentor dos sequestros, atentados e operações de narcotráfico das Farc. O jornal El Universal trouxe uma nota sobre uma suposta reunião entre Jojoy e emissários da Venezuela que estariam negociando o fornecimento de armas para as Farc. O registro do encontro teria sido encontrado entre milhares arquivos no computador de outro chefe guerrilheiro, Raúl Reyes, morto por um ataque militar colombiano em território do Equador, em março de 2008.

O jornal El Nacional publicou um vídeo de Jojoy no qual ele se dirigia a Chávez e manifestava apoio à sua “revolução bolivariana”, mas pedia que retirasse suas tropas da fronteira com a Colômbia.

LÁ VAI O BESTA: Já está mais do que na hora de aparecer alguém para desbancar este ditador pretencioso que pense ser o dono da verdade e vive procurando arranjar um jeito de iniciar uma guerra na America do Sul. 

Um comentário:

  1. Meo ! que discurso travestido, liberdade de expressão é isso, cada um diz o que bem entender, mesmo que esse discurso seja coberto de ambivalências, dicotomias, paradoxos e até mesmo muita cara de pau.

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