quarta-feira, 22 de setembro de 2010

"Denúncia de compra de votos será investigada"

Repórter do O POVO foi convidado pelo MPE para detalhar apuração da reportagem que denunciou um esquema de compra de votos em troca de atendimento médico.
André Teixeira

Repórter do O POVO foi convidado a depor na Procuradoria Regional Eleitoral do Ceará sobre a denúncia de atendimento médico oferecido em troca de votos, publicada na edição de ontem do jornal. O depoimento foi prestado à procuradora regional eleitoral auxiliar Nilce Cunha.

A procuradora requisitou cópia do atestado médico, do encaminhamento para exame de raio-x e do material de campanha entregue ao repórter pela médica e vereadora de Fortaleza, Magaly Marques (PMDB), que foi quem prestou o atendimento no próprio comitê de campanha de seu irmão, o deputado estadual e candidato à reeleição Carlomano Marques (PMDB). Nos santinhos havia nome e o número do candidato. Segundo o procurador eleitoral Alessander Sales, a prática se configura em compra de voto.

Nilce perguntou sobre a apuração da reportagem e sobre como o repórter ficou sabendo da suspeita de crime eleitoral. Durante o depoimento, que durou cerca de 50 minutos, a procuradora comentou que a fiscalização eleitoral é árdua e falou de alguns casos de denúncias de compra de voto.

O atendimento médico ocorreu na manhã do último sábado, 18. Como O POVO publicou ontem, a vereadora atendeu vários pacientes no comitê do irmão - havia, inclusive, uma distribuição de senhas. E, no consultório improvisado, anotou o número do título de eleitor do repórter e advertiu sobre o voto, que poderia ser identificado.

Carlomano nega:
Após ser procurado em seu comitê, o deputado Carlomano ligou para o O POVO e negou que sua irmã tenha prestado atendimento médico em troca de votos. “Muitas vezes a Magaly, fora do período eleitoral, e é aí onde está a maldade das pessoas, atende gratuitamente aos mais necessitados”, alegou.

O deputado afirmou que a casa onde funciona o comitê, a qual definiu como um “asilo emocional”, era a antiga residência de seu pai, e que no andar de cima ainda reside uma outra irmã dele.

Segundo ele, a médica estava na casa de sua irmã quando foi chamada somente para atender a uma pessoa que estaria passando mal. “Você não pode negar socorro a ninguém, ela saiu de uma porta e entrou em outra”, disse. “Não me considero inteligente acima da média, me considero na média. Mas seria muita burrice minha montar um consultório medico dentro de um comitê eleitoral.”

EMAIS:
Carlomano disse também que existem duas fraudes a serem investigadas: “a do repórter que se faz passar por doente e a da médica que supostamente teria atendido em troca de votos”.

Ao justificar sua idoneidade, afirmou: “Tenho 56 anos de vida pública e tudo que você pensa eu já vi, ou já li, ou já fiz”.

Disse considerar a reportagem “uma farsa”, mas que perdoa o repórter. “Doeu em mim, mas eu o perdoei. De coração mesmo”.

LÁ VAI O BESTA: É exatamente por isto que não existe saúde de qualidade em nosso País, porque se existisse, jamais existiriam  cidadãos se submetento a este tipo de humilhação, sendo assim, um deputado destes, quando eleito, jamais vai trabalhar por uma saúde de qualidade, porque se o fizer, mata sua galinha dos ovos de ouro. E não pense que é só isto, em cidades pequenas como Chaval, o Chefe politico, troca alguns reais em cedulas de 10 e 5 e fica na praça da cidade ou no mercado publico distribuindo o dinheiro discarandamente, junto com o santinho de seu candidato e nada acontece ou não acontecia porque agora quando vejo, filmo ou fotografo e se a prova for contundente entrego ao Ministeriol Público e me coloco a disposição para dar meus esclarecimentos.

Um comentário:

  1. quero que todos os brasileiros tenha essa coragem, somos cidadaos nao devemos mais temos que votar levando dois documentos, por que?
    se essa coja de desonestos estao todos para ser eleitos novamente.

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