"TRAGÉDIA VENEZUELANA - Chávez libera US$ 2 mi para vítimas de chuvas"

De acordo com Hugo Chávez, 11 regiões da Venezuela estão sob estado de emergência devido às inundações

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Segundo o governo venezuelano, mais de 100 mil pessoas já foram afetadas pelas enchentes dos últimos dias

Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, liberou, ontem, cerca de US$ 2 milhões para atender à situação de emergência provocada pelas chuvas e enchentes que atingem o país desde a semana passada.

O dinheiro foi retirado do Fundo de Reservas Nacionais que, segundo Chávez, está sendo utilizado para investimentos sociais, apoio a programas de atendimento a comunidades venezuelanas e em prol das lutas populares.

Chávez informou que 11 regiões da Venezuela estão sob estado de emergência, que se estenderá por 90 dias. Segundo o presidente, este prazo será suficiente para que o governo federal adiante um conjunto de soluções que estão além do poder dos prefeitos.

Chávez também anunciou que um lote de casas compradas do setor privado serão entregues, hoje e ao longo dos próximos 20 dias, às famílias desabrigadas pelas enchentes. O programa de reconstrução nacional proposto pelo governo venezuelano inclui áreas que circundam as represas do país, para evitar que possíveis rompimentos provoquem alagamentos de áreas residenciais próximas. Segundo Chávez, será necessário redistribuir o espaço próximo às represas.

A Venezuela informou, ontem, que mais de 100 mil pessoas já foram afetadas pelas chuvas dos últimos dias, as piores em uma década, o que agrava o déficit habitacional no país - estimado em mais de 2 milhões de moradias, e acrescido de 200 mil unidades por ano.

Sem alternativa para abrigar tanta gente, o presidente Hugo Chávez determinou que as vítimas sejam recolhidas a quartéis, hotéis de luxo, galpões, sótãos e até a um shopping center e ao palácio presidencial de Miraflores.

Na segunda-feira (06/12), muitos proprietários desceram a serra para se instalarem em seus apartamentos de veraneio, evitando a ocupação.

As chuvas mataram pelo menos 34 pessoas, além de obstruírem estradas e inundarem povoados inteiros.