domingo, 26 de dezembro de 2010

"FUTURO - Como será a vida de um ex-presidente da República"

Quando passar a faixa presidencial para sua sucessora, Lula deverá recomeçar outro importante capítulo em sua biografia política. Aos 65 anos de idade, o ex-líder sindical está longe de pendurar as chuteiras. Além de já ser denominado como o principal conselheiro de Dilma Rousseff, Lula deverá cumprir o papel de "missionário" de um projeto político-social de sucesso, participando de congressos e debates internacionais com líderes de todo o mundo.

Todos os presidentes brasileiros eleitos após a redemocratização não deixaram a política após abandonar o cargo. Alguns ainda ocuparam cargos eletivos; outros optaram por permanecer nos bastidores como fieis escudeiros de governantes e seus partidos.

Com Lula, não deve ser diferente. Embora tenha defendido em entrevista recente à revista inglesa The Economist que "um ex-presidente deve se recolher para algum lugar confortável e tranquilo e não ficar dando palpite sobre política nacional", ele deve ser peça fundamental na coordenação do PT.

Entre os planos de Lula está a luta para a aprovar a reforma política no País. Segundo ele, depois de convencer os petistas sobre a importância das reformas, vai trabalhar para que os demais partidos também aprovem as mudanças.

De acordo com Lula, uma reforma política poderá gerar "partidos fortes e um Congresso forte, para que quem sente nesta cadeira possa firmar acordos importantes com os partidos políticos e os líderes dos partidos". Admirado entre os principais líderes mundiais, ainda resta ao petista a possibilidade de ocupar a chefia de algum órgão internacional. Segundo fontes próximas ao presidente, as articulações para isso já teriam começado e Lula já teria, inclusive, participado de reuniões com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e com o comandante do Acnur (agência da ONU para refugiados), António Guterres.

Lula também quer viajar pelo Brasil para observar de perto o resultado de seu projeto político. A meta é reeditar a Caravana da Cidadania, que ele organizou para se preparar para a eleição presidencial de 1994.

Outro plano do presidente é a criação de um instituto, que levará seu nome, nos moldes daquele que foi criado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O equipamento cuidará do acervo de sua passagem pela Presidência e das obras do Instituto Cidadania, ligado ao PT.

Frases do presidente:
"Não me perguntem sobre o meu futuro, porque vocês já me deram um grande presente. Perguntem, sim, pelo futuro do Brasil, e acreditem nele." - Mensagem de despedida da Presidência, em 23 de dezembro de 2010

"Vamos mudar, sim. Mudar com coragem e com cuidado, sem atropelos ou precipitações". - NO PALÁCIO do Planalto, durante discurso de posse em 1º de janeiro de 2003

"Aprendi a contar até dez, apesar de só ter nove dedos, que é para não cometer erros. Um erro em qualquer outro governo é um erro. No nosso não pode acontecer." - Lançamento do Plano Safra para a Agricultura, em 24 de julho de 2003

"Saímos do sufoco. Mas não vamos descuidar do equilíbrio fiscal e da inflação. Não há mais espaço para espetáculo" - SOBRE A estabilidade econômica em 13 de agosto de 2004

"Eu me sinto traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento" - ao falar sobre as denúncias do mensalão do PT, em 13 de agosto de 2005

"Acho que a gente não está longe de atingir a perfeição no tratamento de saúde neste País" - Na inauguração de um hospital do SUS em Porto Alegre, em 26 de abril de 2006

"O homem tem a maldita mania de achar que ninguém pode botar a mão nele. Mas quando pega um câncer de próstata, é virado do avesso" - defendendo exames contra o câncer de próstata em 10 de julho de 2008

"Tem gente que não gosta do meu otimismo, mas eu sou corintiano, católico, brasileiro e ainda sou presidente do País" - PRESIDENTE prevendo crescimento de 4% na economia, em 13 de janeiro de 2009

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