quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

"SAÚDE PÚBLICA - Protesto contra tabela do SUS

As críticas são todas dirigidas aos pequenos valores pagos pelo Sistema Único de Saúde a hospitais e médicos

Para o deputado Lucílvio Girão (PMDB), um dos maiores gargalos da saúde pública no País é o repasse que o Governo Federal faz para os atendimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O deputado alerta que a União tem que reajustar a tabela do SUS, pois do contrário, admite, não haverá solução para filas e a falta de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Segundo o peemedebista, não adianta construir mais hospitais ou policlínicas se não aumentar o repasse do SUS. De acordo com o Lucílvio Girão, o repasse do Governo Federal para um paciente na UTI é R$ 400 por dia, insignificante, afirma, já que a diária com esse tipo de internação chega a ser R$ 2 mil.

Por conta disso, afirma, muitos hospitais privados se recusam a receber pacientes do SUS porque o repasse não cobre os gastos, o que atesta ser uma contribuição para o aumento nas filas, impondo a alguns pacientes espera de até 10 dias por uma vaga em UTI.

Profissionais:
O problema também se estende à equipe médica, revela o peemedebista, pontuando que o valor pago por uma cirurgia é muito pequeno e não compensa para os profissionais. Ele citou o exemplo de uma colostomia, que é de R$ 248 para toda a equipe. "Qual o profissional vai sair de sua casa para fazer cirurgias recebendo, por tal procedimento, menos que R$ 70?".

O deputado Fernando Hugo (PSDB) também defendeu o aumento no repasse para o SUS. Ele torce que até o início do próximo ano seja regulamentada a Emenda 29 que amplia as aplicações para a saúde de forma escalonada, até o limite de 10% da receita da União e define o porcentual que estados e municípios devem destinar à saúde, especificando ainda o que são os gastos nessa área.

Ipu:
Também em pronunciamento na Assembleia Legislativa o deputado Moésio Loiola (PSDB) pediu ajuda do Estado para minimizar a crise na saúde pública do Município do Ipu. Conforme o parlamentar, no início de novembro os prestadores de serviço de saúde do Município cancelaram o atendimento ao SUS, devido ao atraso de três meses no repasse da verba do Ministério da Saúde.

Além disso, ressaltou, o prefeito da cidade, Sávio Pontes, demitiu quase mil servidores e mais da metade de sua equipe de secretários. Segundo Moésio Loiola, a crise chegou também ao Programa Saúde da Família, informando que das 14 equipes que dispõe o município, somente três estão funcionando.

Outra queixa é em relação às ambulâncias, de acordo com o tucano, elas estão paradas porque foi cortado o abastecimento por falta de pagamento.

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