quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

"PROGRAMA NUCLEAR - Coreia revela ter centrífugas"

Ativistas enviaram à Coreia do Norte balões com panfletos contra o governo
REUTERS

País que já testou duas bombas atômicas afirma que explora um moderno sistema de enriquecimento de urânio

Seul, Coreia do Sul. A Coreia do Norte revelou, ontem, que dispõe de milhares de centrífugas para enriquecer urânio, uma semana depois de atacar a Ilha de Yeonpyeong, na Coreia do Sul, matando dois civis e dois militares, ntensificando uma crise que a China tentou amenizar ao sugerir uma reunião do Grupo dos Seis, rejeitada pelos Estados Unidos.

A imprensa do regime comunista de Pyongyang, que já testou duas bombas atômicas de plutônio, informou que está explorando "um sistema moderno de enriquecimento de urânio com vários milhares de centrífugas", com "fins pacíficos" e "para responder a uma demanda de eletricidade".

A Coreia do Norte já mostrou sua nova usina de enriquecimento de urânio a especialistas americanos, menos de duas semanas antes de atacar Yeonpyeong.

Analistas e altos funcionários dos Estados Unidos temem que a usina seja facilmente reconfigurada para enriquecer urânio a um nível que permita a fabricação de armas nucleares.

Para aliviar a tensão, Pequim propôs no último domingo a convocação de um encontro de urgência do Grupo dos Seis na China, no começo de dezembro. O presidente sul-coreano, Lee Myung-Bak, e o chanceler japonês Seiji Maehara já descartaram a proposta.

Contra o regime:
Ontem, ativistas sul-coreanos e desertores norte-coreanos enviaram balões com panfletos anti-Pyongyang, DVDs e notas de um dólar para a Coreia do Norte da fronteira altamente fortificada que divide a tensa península.

Nas mensagens, os manifestantes instaram as pessoas no país a se erguer contra o regime linha-dura de Kim Jong-Il.

Os balões foram lançados na zona desmilitarizada entre as duas Coreias, estabelecida na trégua firmada após a guerra de 1950-1953. "Quando lerem os panfletos, saberão que estão sendo enganados por seu governo", afirmou Lee Soon-Hee.

Os ativistas lançaram 10 balões com sacolas contendo panfletos escritos em coreano, US$ 1 mil em notas de US$ 1, e 500 DVDs que mostram norte-coreanos famintos e pessoas sendo mortas em tentativas de fuga.

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