O presidente russo, Dmitri Medvedev, pediu cooperação com os Estados Unidos e a União Europeia
SERGEI KARPUKHIN/REUTERS
Moscou. O presidente russo, Dmitri Medvedev, afirmou, ontem, que uma nova corrida armamentista começará na próxima década se a Rússia e o Ocidente não chegarem a um acordo sobre a construção de um sistema de defesa antimísseis.
Em seu discurso anual do Estado da Nação, Medvedev pediu cooperação mais estreita com os Estados Unidos e a União Europeia, oferecendo a perspectiva de estreitamento dos laços duas décadas depois de o colapso da União Soviética ter posto fim à Guerra Fria.
No entanto, ele disse que a tensão vai crescer rapidamente, obrigando a Rússia a reforçar seu arsenal militar, se os esforços ocidentais de cooperação em um sistema de defesa contra ameaças com mísseis não resultarem em um acordo concreto.
"Na próxima década, enfrentamos as seguintes alternativas: ou alcançamos um acordo sobre a defesa antimísseis e criamos um mecanismo completo de cooperação conjunta, ou terá início uma nova rodada da corrida armamentista", discursou o presidente Medvedev.
Essas observações, feitas em um discurso de mais de uma hora para parlamentares e ministros russos, elevaram os trunfos em jogo nas discussões delicadas com os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre a defesa antimísseis. A questão divide a Rússia e o Ocidente desde a década de 1980.
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