sábado, 4 de dezembro de 2010

"GOVERNO DILMA - Palocci, Carvalho e Cardozo confirmados"

Aloísio Mercadante é o primeiro petista que não teve êxito nas urnas a ser "socorrido" por Dilma
FOTO: MARÍLIA CAMELO

A jornalista Helena Chagas será a responsável pela Secretaria de Comunicação Social

Brasília - A assessoria da presidente eleita, Dilma Rousseff, oficializou, na tarde de ontem, os nomes de Antonio Palocci, Gilberto Carvalho e José Eduardo Cardozo para o novo governo.

"A presidenta eleita da República, Dilma Rousseff, convidou o deputado Antonio Palocci para ocupar a chefia da Casa Civil do futuro Governo e o atual chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, para ser o titular da secretaria geral da Presidência. O deputado José Eduardo Cardozo, também convidado, assumirá o Ministério da Justiça. A presidenta eleita orientou os futuros ministros a trabalharem de forma integrada com os demais setores do governo para dar cumprimento ao seu programa de desenvolvimento, com distribuição de renda e garantia da estabilidade econômica", diz a nota.

A jornalista Helena Chagas, chefe da equipe de imprensa do governo de transição, será a responsável pela Secretaria de Comunicação Social do governo Dilma. Ela foi convidada pela presidente eleita para substituir Franklin Martins, que deixa o governo ao final do mandato do presidente Lula.

O anúncio de Helena Chagas deve ser feito na próxima terça-feira, quando Dilma também divulgará o último nome da cozinha palaciana: o de ministro das Relações Institucionais, responsável pelas negociações com a base aliada no Congresso.

Está praticamente certo que ficará no cargo o atual ministro, Alexandre Padilha, que hoje esteve reunido com a presidente eleita Dilma na Granja do Torto. Padilha foi chamado para auxiliar nas negociações com os partidos da base aliada. Sua pasta é a que detém as informações sobre cargos que os aliados ocupam. Padilha, porém, ainda pode ser deslocado para o Ministério da Saúde.

Ciência e Tecnologia:
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP), candidato derrotado ao governo de São Paulo, foi convidado, ontem, pela presidente eleita, Dilma Rousseff, e vai assumir o Ministério de Ciência e Tecnologia.

A conversa entre Mercadante e Dilma ocorreu na Granja do Torto, onde a presidente eleita está morando.

Na próxima semana, Dilma vai acertar os nomes do PSB, partido que vai comandar o Ministério da Integração Nacional e manter a Secretaria Especial de Portos.

CEZARE BATTISTI:
Lula diz que decidirá sobre extradição

São Paulo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não quer deixar para a sucessora Dilma Rousseff a decisão sobre a extradição do italiano Cezare Battisti. Em entrevista a correspondentes internacionais, no Rio de Janeiro, Lula disse que aguarda apenas parecer do advogado-geral da União sobre o assunto.

"O parecer é o que vai balizar a minha decisão. Tivemos um processo eleitoral, um segundo turno e tudo isso atrasou um pouco o trabalho", disse Lula aos jornalistas estrangeiros.

"Espero que o meu advogado-geral possa me apresentar a proposta da decisão antes de terminar o mandato. Não gostaria de deixar para Dilma tomar a decisão´", completou.

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a extradição de Battisti, que responde a vários processos na Itália e está preso no Brasil, mas deixou a decisão para o presidente da República.

Imagem do País:
O presidente parabenizou ontem o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pela operação das forças de segurança pública que ocuparam o Complexo do Alemão e favelas da Penha, no Rio de Janeiro. Para Lula, a tomada do complexo de favelas serviu para melhorar a imagem do Brasil no exterior.

"Toda vez que se tentava fazer alguma coisa nas favelas do Rio, parecia conflito, agressão. Dessa vez, a coisa foi tão bem arquitetada que o governador deve ter sentido orgulho de ver o povo na rua aplaudindo uma ação do governo. E mostrou que não tem outro jeito de resolver esse problema a não ser separar o joio do trigo´", disse o presidente Lula.

Para Lula, há algum tempo o governo trabalha com a ideia de que "a única forma do Estado se mostrar presente é mostrando serviço". E acrescentou que, antigamente, só se falava do Brasil na época da Copa do Mundo e do Carnaval e que, agora, a imagem do Brasil no exterior é melhor do que há alguns anos.

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