sábado, 4 de dezembro de 2010

"COREIA DO SUL - País promete ofensiva aérea se for atacado"

Segundo o ministro da Defesa Kim Kwan-Jin, a Coreia do Sul "punirá severamente" uma nova agressão
FOTO: JO YONG-HAK/REUTERS

Ministro da Defesa sul-coreano eleva o tom contra a Coreia do Norte, mas minimiza risco de uma nova guerra

Seul. A Coreia do Sul responderá com ataques aéreos para "punir severamente o agressor" se a Coreia do Norte lançar novos ataques militares, declarou o novo ministro sul-coreano da Defesa Kim Kwan-Jin, dez dias depois do bombardeio norte-coreano contra a ilha sul-coreana de Yeonpyeong.

"Sem nenhuma dúvida, utilizaremos a força aérea para responder", afirmou Kim Kwan-Jin, indagado durante uma sessão no Parlamento sobre como agiria em caso de um novo ataque norte-coreano.

Seul respondeu com disparos de mísseis ao bombardeio lançado pela Coreia do Norte contra a ilha de Yeonpyeong em 23 de novembro. O ataque norte-coreano provocou quatro mortos e o repúdio da comunidade internacional.

No dia do ataque, o governo de Seul declarou não ter reagido com bombardeios aéreos para evitar uma escalada. Mas sua resposta militar foi severamente criticada por uma parte da classe política e pela imprensa, que a considerou fraca demais.

O ministro da Defesa pediu demissão e foi substituído por Kim Kwan-Ji, que havia sido chefe do Estado Maior das forças armadas, conhecido por suas qualidades de comando e sua experiência em estratégia militar, depois de ter servido durante 40 anos no exército.

Ontem, Kim indicou que a Coreia do Sul exerceria seu direito à defesa e "puniria severamente o agressor, até que a fonte de hostilidade fosse eliminada". No entanto, estimou que a probabilidade de uma verdadeira guerra entre as duas Coreias é limitada. "Será difícil para a Coreia do Norte realizar uma guerra total, porque há alguns elementos de insegurança no país, como a economia nacional e a transferência de poder (do ditador Kim Jong-il para seu filho, Kim Jong-un, nomeado sucessor)", afirmou.

Os chanceleres de Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul se reúnem na próxima segunda-feira em Washington, Estados Unidos, para discutir a situação na península coreana. A China, principal aliada da Coreia do Norte, não irá ao encontro, o que na prática o esvazia.

A China defendeu a realização de uma reunião com a Coreia do Norte e os cinco países envolvidos nas - agora abandonadas - negociações pela eliminação do programa nuclear norte-coreano.

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