quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

"GOVERNO DILMA - Bernardo será ministro das Comunicações"

Atual Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo deverá impulsionar o Plano Nacional de Banda Larga e assumir o novo marco regulatório das comunicações
FOTO: AGÊNCIA BRASIL

Dilma anunciou a escolha do novo chefe da Pasta durante encontro com o vice, Michel Temer, e senadores

Brasília. A presidente eleita, Dilma Rousseff, afirmou, ontem, à cúpula do PMDB que Paulo Bernardo (PT) assumirá o Ministério das Comunicações. Se Bernardo, atual ministro do Planejamento, assumir o controle no governo dilmista, a pasta sairá da cota do partido.

Hoje, o ministro das Comunicações é José Artur Filardi, ex-chefe de gabinete de Hélio Costa (PMDB) - à frente da pasta até deixar o cargo para se candidatar ao governo de Minas.

A presidente eleita fez a afirmação durante reunião com o seu vice, Michel Temer (PMDB-SP), e os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL).

Durante o encontro, a petista disse que a legenda também perderá o controle da Integração Nacional, pasta disputada pelo PT e PSB.

Os peemedebistas discutem nomes para o ministério dilmista, mas não devem continuar com as seis atuais pastas (Comunicações, Integração, Agricultura, Defesa, Minas e Energia, Saúde, além de Banco Central).

De acordo com analistas, tudo indica que fechem em quatro ministérios, com a possibilidade de assegurarem mais um.

Mais cedo, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), anunciou o nome de Sérgio Côrtes para o Ministério da Saúde. Côrtes é seu secretário para a área no Estado.

Ministério:
Como ministro das Comunicações, caberá a Paulo Bernardo retirar do papel e impulsionar o Plano Nacional de Banda Larga, projeto atualmente conduzido pela Casa Civil. Neste caso, o assessor especial da Presidência César Alvarez iria para o ministério trabalhar ao lado de Paulo Bernardo.

Por fim, Bernardo também assumirá o novo marco regulatório das comunicações, projeto ainda embrionário que, no momento, é conduzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Bernardo herdará o anteprojeto das mãos de Franklin Martins, que deixará o governo. O argumento é de que cabe ao Ministério das Comunicações, por definição, elaborar e conduzir as políticas públicas do setor.

Saúde:
Na manhã de ontem, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), confirmou que o secretário Sérgio Côrtes, aceitou o convite da presidente eleita, Dilma Rousseff, para ser ministro da pasta no governo federal.

"Dilma foi muito enfática na campanha, na admiração do trabalho que nós realizamos aqui na saúde pública. E o secretário Sérgio Côrtes será o ministro da Saúde. Para nós, é uma honra. Já foi feito o convite da presidente Dilma a mim, eu já o consultei e ele aceitou", disse Cabral.

Até agora, Dilma já oficializou Guido Mantega no Ministério da Fazenda, Miriam Belchior no Ministério do Planejamento e Alexandre Tombini no Banco Central, Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda de Lula, para chefiar a Casa Civil, e Gilberto Carvalho, atual chefe de gabinete do presidente, para a Secretaria Geral da Presidência.

EDUCAÇÃO:
Após pressão, Dilma diz que vai manter Haddad

Brasília. Após pressão do presidente Lula pela manutenção de Fernando Haddad no Ministério da Educação, a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), informou a auxiliares, que decidiu fazer o convite para sua permanência no cargo.

A decisão decorre de uma espécie de campanha aberta por parte de Lula, que se dedicou em promover Haddad, cuja imagem foi arranhada pelas falhas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A escolha, no entanto, contraria parte do PT, que resistia à ideia por considerar que Haddad não tem relação política com a bancada.

Lula começou o dia ao lado do ministro em um evento para inaugurar 25 campi (todos eles em funcionamento) e 30 escolas de ensino profissional (18 delas já abertas e as demais com obras concluídas para início das aulas no primeiro semestre de 2011).

"É dia de agradecimento. Só conseguimos fazer o que nós fizemos porque o companheiro Fernando Haddad conseguiu montar uma equipe competente", disse Lula.

Apesar das indiretas, Lula repetiu a frase de que Dilma tem que montar uma equipe com a sua cara. "Se você monta o time e não controla os jogadores, os jogadores derrubam o técnico."

Lula criticou os antecessores dizendo que não investiam em educação e, com isso, criaram um exército de jovens sem oportunidades. Haddad retribuiu os elogios de Lula e disse que o presidente deixará saudades.

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