O senador Garibaldi Alves (RN) foi indicado para o Ministério da Previdência
FOTO: AGËNCIA SENADO
Já o deputado Pedro Novais (MA) assumirá a Pasta do Turismo
Hoje, a presidente eleita se reúne com o PSB e deve definir os titulares de mais três ministérios
Brasília - A presidente eleita, Dilma Rousseff, fechou ontem a equação mais difícil para a formação do seu primeiro escalão com a indicação dos cinco nomes do PMDB para o futuro Ministério. O partido aceitou a solução de Dilma, mas não ficou satisfeito.
Os novos nomes do PMDB para o Ministério são do senador Garibaldi Alves (RN), para Previdência; o ex-governador Moreira Franco para a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e o deputado maranhense Pedro Novais, um dos mais fiéis aliados do senador José Sarney (PMDB-MA), para o Ministério do Turismo.
Agora, Sarney tem dois nomes no primeiro escalão de Dilma, já que o senador Edison Lobão (MA) já estava confirmado para o Ministério de Minas e Energia. O quinto nome do PMDB é o atual ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que será mantido na função.
Até o início da noite, Garibaldi era o único que não tinha recebido o convite oficial de Dilma. Nos bastidores, a cúpula peemedebista explicitou insatisfação com a solução apresentada por Dilma, mas que não brigariam mais por espaço.
Espaço reduzido:
Dirigentes peemedebistas disseram que o partido foi humilhado com a redução de espaço no novo governo - perderam pastas fortes e importantes, como Saúde, Integração Nacional e Comunicações.
Com a solução do PMDB, Dilma deve anunciar até o final da semana uma parcela significativa do seu primeiro escalão, inclusive com os nomes do PSB, PP, PR e PCdoB. Dos 37 atuais ministérios, a presidente eleita já tem nomes - confirmados ou não - para 24 ou 25.
Mas os próprios aliados de Dilma consideram que este será um Ministério enfraquecido, sem grandes nomes, nem da sociedade e nem da cota pessoal dela. Com a forte influência do presidente Lula na escolha de nomes e com a pressão dos partidos da base governista, Dilma deve tomar posse com um primeiro escalão sem uma identidade forte, uma característica própria.
A cúpula peemedebista avaliou ontem que o partido foi menosprezado nas negociações. Perdeu pastas poderosas e só foi compensado com pastas sem visibilidade como Turismo, Previdência, além da SAE. Mas a legenda do vice-presidente eleito, Michel Temer, resolveu aceitar o que Dilma ofereceu para não esticar a corda e não desgastar ainda mais a relação antes mesmo da posse de Dilma. "Como o processo ficou aberto, era importante concluir as indicações para não expor o partido e a presidente Dilma. Era importante ter uma solução. Fizemos um esforço para construir essa solução" disse o senador Renan Calheiros (AL).
PSB:
Dilma vai se concentrar hoje na definição das três pastas do PSB, durante encontro, na Granja do Torto, com o governador Eduardo Campos (PE), presidente do PSB.
Ela ofereceu para o PSB o Ministério da Integração Nacional e a Secretaria Nacional de Portos, além do futuro Ministério das Micro e Pequenas Empresas para o senador Antonio Carlos Valladares (PSB-SE). Para Integração Nacional, Eduardo deve indicar o ex-prefeito de Petrolina (PE) Fernando Bezerra Coelho. Já para os Portos, a indicação será do governador Cid Gomes (PSB-CE).
NOVO GOVERNO:
Previdência - Garibaldi Alves (PMDB/RN)
Turismo - Pedro Novais (PMDB/MA)
Minas e Energia - Edison Lobão (PMDB/MA)
Agricultura - Wagner Rossi (PMDB)
A. Estratégicos - Moreira Franco (PMDB)
Fazenda - Guido Mantega
Planejamento - Mírian Belchior
Justiça - José Eduardo Cardoso
Casa Civil - Antônio Palocci
Banco Central - Alexandre Tombini
Sec. Presidência - Gilberto Carvalho.
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