O comandante do Exército brasileiro, general Enzo Martins Peri, ontem, durante visita à entrada da Favela Fazendinha, no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro
FOTO: JOEL SILVA/FOLHAPRESS)
Nessa segunda fase de ocupação, os militares vão fazer patrulhamento e, se necessário, irão vasculhar as casas
Rio de Janeiro - Pela primeira vez na história, o Exército vai montar no País uma Força de Paz nos moldes das operações realizadas no Haiti.
O comandante do Exército, general Enzo Martins Peri, confirmou que suas tropas vão ocupar a parte interna dos complexos do Alemão e da Penha.
De acordo com Peri, nessa segunda fase de ocupação os militares vão fazer o patrulhamento e, se necessário, vasculhar casas. A Brigada Paraquedista também não ficará fixa no Complexo do Alemão. Tropas de outros estados poderão ajudar na ocupação.
O comandante do Comando Militar do Exército (CML), general Adriano Pereira Junior, disse que, a partir da semana que vem, serão traçadas metas para que o Exército comece a ocupação do interior das comunidades. De acordo com o general, um comandante, ainda não escolhido, será designado para comandar a tropa de Paz. "Nosso pessoal está preparado para esse tipo de atuação. O governador enviou um ofício ao Ministério da Defesa que resolveu atender ao pedido. Basta agora acertar a nossa estratégia e uma data para a entrada do Exército na comunidade", informou o comandante.
Segunda bazuca:
Policiais militares apreenderam uma segunda bazuca no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, na tarde de ontem. A arma estava escondida em uma fossa em uma área conhecida como Areal. Na quarta-feira, a Polícia já tinha apreendido outra arma semelhante em uma casa na área do Coqueiro. O modelo apreendido hoje é o AT-4, arma antitanque, segundo a PM. A Polícia chegou até o armamento graças a denúncia de moradores.
Na noite de ontem, um avião da Polícia Federal levou seis presos no Complexo do Alemão - entre eles Elizeu Felício de Souza, condenado pela morte do jornalista Tim Lopes - para a penitenciária federal de Catanduvas (PR).
O Complexo do Alemão foi ocupado d com o apoio das Forças Armadas. No dia 25, policiais já tinham entrado na Vila Cruzeiro, favela vizinha ao Alemão. As ocupações ocorreram após atentados ocorridos na cidade, supostamente em represália à instalação de Unidades de Polícia Pacificadora em favelas antes dominadas pelo tráfico.
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