Fumaça é vista em prédio em Misrata; tropa de Kadafi freou avanço dos rebeldes na direção de sua cidade natal, Sirte
FOTOS: REUTERS
Quartel-general das tropas do ditador teria sido atingido; rebeldes vão exportar petróleo para o Qatar
Trípoli. Na véspera de uma reunião de 40 países em Londres para discutir a situação na Líbia, forças da coalizão intensificaram os bombardeios sobre o oeste do país, tendo com alvo redutos do ditador Muammar Kadafi, no poder há 42 anos.
De acordo com o Pentágono, o quartel-general de uma das unidades leais a Kadafi e uma das que mais atacavam os civis foi atingida.
A agência estatal líbia e testemunhas independentes informaram que os jatos de guerra da coalizão internacional passaram a bombardear as regiões de Mezda, no centro da Líbia, além de Gharyan, consideradas redutos da retaguarda do ditador. A capital, Trípoli, que já foi alvo de intensos bombardeios durante o fim de semana, também voltou a ser atacada.
Também ontem, os rebeldes indicaram que o Qatar deve ser o primeiro país a receber o petróleo produzido nos campos de Ras Lanuf e Ben Jawad, retomados no fim de semana.
O Qatar foi o primeiro país árabe a reconhecer o órgão de direção da rebelião contra o regime líbio, e foi escolhido pelo Conselho Nacional de Transição (CNT), dos rebeldes, para a comercialização do petróleo produzido no país nas zonas controladas pelos insurgentes. As exportações deverão recomeçar em "menos de uma semana", anunciou um porta-voz da insurreição, Ali Tarhoni.
O avanço rebelde na direção de Trípoli foi interrompido pelas tropas de Kadafi a cerca de 140 quilômetros a leste de sua cidade natal, Sirte.
O fronte parece ter se estabilizado na região, após dois dias de avanço dos insurgentes. Uma brigada comandada pelo terceiro filho do governante líbio, Al-Saadi Kadafi, um ex-jogador de futebol e agora comandante das forças especiais, foi destacada para defender Sirte.
Os rebeldes foram alvo de forte ataque de metralhadora das forças de Kadafi que estavam na estrada que vai de Bin Jawad para Nofilia.
´Direção política´
A França anunciou, ontem, que uma "direção política" para as operações militares na Líbia será determinada durante a reunião dos membros da coalizão internacional a ser realizada hoje. Estarão presentes os países que participam da operação de intervenção militar e os que são "amigos" da coalizão. Ontem, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, pediram que Kadafi renuncie imediatamente.
FONTE: DN.
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