quarta-feira, 23 de março de 2011

"CONTINUIDADE - Lula se queixa por ser comparado com Dilma"

Lula falou a uma plateia de ascendência árabe e lembrou que Obama fez "rasgados elogios" ao Brasil
FOTO: O GLOBO

De acordo com ele, os comentários elogiosos aos primeiros meses do governo Dilma têm o intuito de atingi-lo

São Paulo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou ontem das comparações feitas entre seu governo (2003-2006/ 2007-2010) e o da presidente Dilma Rousseff, iniciado em janeiro passado.

Em tom de desabafo, Lula acusou "adversários" de ressaltar diferenças de estilo na nova gestão com o intuito de atingi-lo. "É no mínimo hilariante", disse o ex-presidente.

"Durante oito anos alguns adversários tentaram vender que éramos a continuidade do governo anterior. Agora que elegemos uma pessoa para dar continuidade, eles estão dizendo que está diferente", completou.

Lula discursou em jantar oferecido a ele pela Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, em um clube na zona sul de São Paulo na última segunda-feira. Um amigo do ex-presidente disse que ele está irritado com o que considera elogios excessivos a Dilma na imprensa. O ex-presidente considera que o tratamento amistoso com o atual governo tem o objetivo de depreciar a herança de sua gestão.

A uma plateia de empresários de ascendência árabe Lula disse confiar no êxito da sucessora. "Eu conheço bem a presidente Dilma. Tenho certeza de que ela vai continuar e fazer mais coisas".

Após os "rasgados elogios" do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em sua visita ao Brasil, "quem sabe alguns que passaram dez anos criticando comecem a falar bem porque deu no New York Times", disse.

De acordo com Lula, os adversários "sabem como pegamos e como deixamos o país".

Popularidade
Dilma afirmou ontem que irá intensificar a agenda de eventos pelo Brasil, evitando concentrar a atuação em Brasília, onde permaneceu durante a maior parte dos primeiros dias de governo.

A estratégia deve contribuir para garantir a manutenção da popularidade da presidente, cuja administração, segundo pesquisa Datafolha, alcançou 47% de aprovação, igualando-se tecnicamente aos 48% de avaliação positiva.

FONTE: DN. 

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