Os insurgentes do governo aproveitam as ofensivas ocidentais para tentar retomar as cidades estratégicas do país
FOTO: REUTERS
Trípoli. Fortalecidos pelos ataques aéreos da coalizão internacional contra as forças governistas, os rebeldes da oposição lançaram, ontem, uma ofensiva para retomar a cidade estratégica de Ajdabiya, no leste do país.
Os insurgentes chegaram a sofrer ataques de tanques do ditador Muammar Kadafi em seu reduto, Benghazi, mas viram uma reviravolta na guerra com a entrada dos aviões internacionais. Forças dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Bélgica, Espanha e Qatar bombardearam as forças de Kadafi nos arredores de Benghazi, destruíram boa parte de seu sistema de defesa antiaérea no oeste do país.
A mudança no equilíbrio de forças levou os rebeldes a rechaçar mais uma vez qualquer diálogo com o regime líbio para encerrar pacificamente os confrontos. O vice-presidente e porta-voz do opositor Conselho Nacional Transitório (CNT) líbio, Abdelhafid Ghoga, rejeitou ainda a convocação de uma "marcha verde" por Kadafi, no que o ditador vislumbra como um movimento nacional do povo líbio contra a intervenção militar.
Os rebeldes reconquistaram, ontem, o controle sobre Zuwaytinah, um terminal petrolífero a cerca de 30 Km de Ajdabiya e que havia sido recuperada pelas tropas de Kadafi na semana passada. Novos confrontos foram registrados também em Misrata, o reduto insurgente mais a oeste.
Em Benghazi, segunda maior cidade líbia, um porta-voz da oposição disse que os rebeldes planejam marchar para Trípoli, estratégia que havia sido evitada pela ofensiva do governo.
Kadafi convocou, ontem, o povo a realizar uma "marcha popular" em direção à cidade de Benghazi, reduto dos rebeldes de oposição no leste da Líbia, para impedir "a agressão estrangeira". O ditador quer que os líbios levem ramos de oliveira nas mãos, para "lidar com os problemas de forma pacífica e não dar oportunidade aos inimigos que atacam a Líbia e buscam roubar suas riquezas".
FONTE: DN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário