segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"1º DIA NA PRESIDÊNCIA - Dilma recebe líderes mundiais"

Acordos bilaterais: Dilma Rousseff cumprimenta o presidente da Autoridade Palestina, Mahamoud Abbas. Na ocasião, o líder palestino convidou a presidente a visitar Ramallah
FOTO: REUTERS

A presidente esteve com chefes de governo de sete países. O tema central das conversas foi infraestrutura

Brasília. Nas primeiras reuniões bilaterais de seu Governo, realizadas ontem, com sete chefes de Estado e de governo, a presidente Dilma Rousseff, deu ênfase a tema relacionados à infraestrutura.

Durante as audiências com o primeiro-ministro da Coreia do Sul, Kim Hwang-Sik, e com o ex-primeiro-ministro do Japão Taro Aso, Dilma tratou do leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV) entre Campinas e o Rio de Janeiro.

Consórcio coreano que pretende disputar a licitação divulgou em novembro passado a lista de 22 empresas que formam o grupo. São 9 empresas nacionais e 13 estrangeiras. De acordo com o consórcio, juntas elas tinham patrimônio R$ 35,42 bilhões no fim de 2009 e faturamento anual de R$ 71,62 bilhões.

O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota (Relações Exteriores, não deu detalhes da conversa com Kim Hwang-Sik e Taro Aso sobre o leilão, mas disse que o tema dominou ambas as audiências.

Previdência:
Além de tratar do trem-bala com o ex-primeiro-ministro japonês, Dilma agradeceu a ele por ter ajudado em acordo com a previdência social daquele país que garante benefícios aos imigrantes brasileiros no Japão.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, convidou Dilma a visitar Ramallah assim que for possível.

Com o vice-presidente de Cuba, José Ramón Machado Ventura, Dilma Rousseff tratou da modernização e ampliação do Porto de Mariel, 50 km a oeste de Havana, para o qual Brasil concedeu um empréstimo de US$ 300 milhões.

A presidente e Ventura demonstraram preocupação com a epidemia de cólera no Haiti e que os dois países querem intensificar a cooperação com aquele país, arrasado por terremoto em fevereiro do ano passado. "A intenção é impedir que a epidemia se alastre", disse o ministro Antonio Patriota, que participou do encontro.

Dilma e o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, conversaram sobre a entrada do país europeu no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e sobre políticas coordenadas para atuar no órgão. A crise na economia de alguns países europeus também foi tema do encontro, além da intensificação de parcerias comerciais entre Brasil e Portugal.

O príncipe Felipe de Astúrias entregou a Dilma uma carta do rei Juan Carlos, da Espanha. Eles conversaram sobre a agenda bilateral e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Na reunião com o presidente do Uruguai, José Mujica, Dilma combinou de manter reuniões trimestrais, como fazia o presidente Lula.

Viagens pelo mundo:
Dilma visitará Argentina, Uruguai, Estados Unidos e China, além de um tour pela Europa que inclui a Bulgária, país de origem de seu pai.

Segundo o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, as visitas internacionais devem começar pelo Uruguai e Argentina. As primeiras viagens externas da presidente ainda não tem data marcada.

Mas a presidente Dilma Rousseff deve ir aos países vizinhos ainda no primeiro trimestre. Segundo Garcia, em abril, ela pretende visitar a China, aproveitando a cúpula dos BRICS (grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Pequim.

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