sexta-feira, 5 de março de 2010

"101 ANOS DE NASCIMENTO DO MESTRE"

HOMENAGEM AO POETA: PATATIVA DO ASSARÉ
“AO MESTRE COM CARINHO”

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Rogo a Deus da Cultura
Seja Cristo, Alá ou Javé.
Para proteger lá nas alturas
O poeta, Patativa do Assaré.
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Sobrevivia da Agricultura
E sempre andava a pé
Mas tinha um coração sem amargura
Apesar de levar da vida pontapé.
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Plantava milho, feijão e verdura.
Criava porco, cabra, galinha e galinzé.
Sofria, ao mandá-los para a fervura.
Mas tinha que alimentar filhos e muié.
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Um caboclo de alma pura
Este cearense de fé
Pois agradecia com doçura
As chuvas a são José.
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No seu sitio levava uma vida dura
Acordava, com o canto do caburé.
Mas até na época da ditadura
Reunia os amigos e ofertava um café.
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Não tinha nenhuma formatura
Mais também não era um mané
Já que escrevia com a desenvoltura
De uma dançarina de balé.
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Seus poemas são uma mistura
De cordel e clássico filé
Que leva os críticos à loucura
Por não entenderem seu mandé.
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Seus versos têm a textura
De quem faz sabendo como é
São lindos, são umas pinturas.
Comparados aos enfeites de um Pagé.
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Foi um escritor sem literatura
Mais seus versos dão olé
É considerado pela geração futura
Dentre os poetas, o Papa, o Pelé.
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Envio esta missiva
Por correio especial
Ao saudoso Patativa
Este poeta genial.

Após a passagem do poeta Patativa do Assaré para junto do Pai Celestial, resolvi fazer esta singela homenagem ao mestre dos mestres da poesia, ele merece coisa bem melhor, mais no momento por não ter feito um laboratório, escrevi apenas estas poucas estrofes para imortalizar a passagem deste genial poeta pela terra.

SE FOSSE  VIVO, PATATIVA ESTARIA COOMPLETANDO 101 ANOS HOJE. UM DOS ULTIMOS VERSOS DO MESTRE DA LITERATURA DO CORDEL. Quando chegar o meu fim / Eu sei que a terra me come / Mais fica vivo o meu nome / Para os que gostam de mim.
Poeta: Joaquim da Rocha

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