sexta-feira, 8 de abril de 2011

"RÉPLICA - Forte tremor atinge o Japão"

O Sismo teve epicentro a98Km de Sendai e 144Km de Fukushima, no nordeste do Japão, a região mais devastada pelo terremoto e tsunami do último dia 11 de março
FOTO: REUTERS

Terremoto de 7,1 graus balançou prédios em Tóquio e interrompeu as operações na usina de Fukushima

Tóquio. Um forte terremoto de magnitude 7,1 graus atingiu o nordeste do Japão, ontem, um alerta de tsunami foi emitido para a região costeira já devastada pelo terremoto e tsunami de 11 de março, que danificaram uma usina nuclear. Após 90 minutos, o alerta foi suspenso.

O tremor do epicentro foi a 98 Km de Sendai e a 144 Km de Fukushima, as regiões mais atingidas pelo terremoto de março. O abalo foi sentido em Tóquio, a 400 Km ao sul, onde os prédios e as casas tremeram durante vários segundos. Em Ichinoseki os edifícios balançaram violentamente, derrubando móveis e objetos de prateleiras, mas não houve danos graves.

Foram registradas diversas ocorrências de incêndios e cortes de energia elétrica na região nordeste. Algumas pessoas ficaram feridas.

De acordo com a Agência Meteorológica do Japão, o terremoto foi uma réplica do abalo registrado no dia 11 de março.

Usina
Embora o tremor não tenha danificado o complexo nuclear de Fukushima, as operações de contenção ao vazamento radioativo foram prejudicadas, já que os funcionários tiveram de ser retirados às pressas.

A operadora da usina nuclear, a Tokyo Electric Power Company (Tepco), ordenou o esvaziamento imediato do local, por temer um novo tsunami. Nenhuma alteração na radiação foi detectada.

"Não tivemos de imediato nenhuma informação indicando que estaria acontecendo qualquer coisa de anormal na central. A injeção de água nos reatores 1, 2 e 3 prossegue sem problemas. Continuamos, também, a introduzir nitrogênio no reator 1 (para evitar uma eventual explosão), e os parâmetros não assinalam nada de anormal", afirmou a Tepco.

O sismo, porém, cortou energia de outras usinas japonesas. A mais atingida foi a de Onagawa, onde das três linhas de suprimento de energia saíram de operação. "Energia proveniente de fora continua a ser suprida pela terceira linha", informou um comunicado do Centro de Segurança Sísmica Internacional.

Centenas de abalos secundários têm atingido a região nordeste do Japão, mas poucos são mais fortes do que 7,0.

Zona de segurança
O Japão pode ampliar a zona de segurança no entorno da usina de Fukushima, conforme a crise prossegue, afirmou, ontem, o principal porta-voz do governo, Yukio Edano.

Segundo ele, a atual zona de isolamento de 20 quilômetros pode ser alargada, já que os parâmetros originais para estabelecê-la foram avaliados em relação à exposição por um curto prazo. A emergência causada pelo terremoto e tsunami de março aproxima-se de sua quarta semana.

"As atuais ordens de retirada se aplicam a áreas onde a população está em risco de ter recebido 50 millisieverts (de radiação). Nós estamos vendo o que fazer com outras áreas onde, com exposição prolongada, as pessoas podem ter recebido essa quantidade", explicou Edano. Essa medida de 50 millisieverts de radiação representa o limite anual de exposição à radiação para um trabalhador de uma usina nuclear.

À medida que os engenheiros combatem as crises, algumas delas consequência dos esforços para resfriar os reatores, as autoridades admitem que pode levar meses para os reatores serem controlados e anos para limpar a sujeira tóxica deixada na usina situada a 240 quilômetros ao norte de Tóquio.

FONTE: DN.

2 comentários:

  1. Moro há 10 anos no Japão e nunca havia sentido nada igual. ...algo tão assustador!!!!

    ResponderExcluir
  2. Moro shizuoka-kem há 10 anos no Japão e nunca havia sentido nada igual. ...nunca vi algo tão assustador

    ResponderExcluir