crise na líbia - Oposição rejeita plano de paz
Trípoli Os rebeldes líbios rejeitaram ontem o plano de paz proposto pela União Africana (UA). Eles afirmaram que a proposta permitiria que o ditador Muammar Kadafi siga no poder.
Os chefes de Estado africanos reunidos em Malabo aprovaram na sexta-feira (1º), após dois dias de debates intensos, um acordo que prevê, principalmente, que Kadafi deve ficar à margem das negociações, um cessar-fogo imediato e uma transição com eleições democráticas.
Ontem, o chefe dos rebeldes disse que Kadafi foi convidado a ficar no país desde que renuncie formalmente e aceite a supervisão internacional de todos os seus movimentos.
Kadafi tem resistido aos apelos internacionais, prometendo lutar até o fim.
Falando de seu reduto, em Benghazi, o líder rebelde Mustafa Abdel Jalil - ex-ministro da Justiça de Kadafi - afirmou que fez a proposta há cerca de um mês, por meio das Nações Unidas, mas ainda não recebeu qualquer resposta de Trípoli.
"Como solução pacífica, oferecemos que ele pode renunciar e ordenar seus soldados que deixem seus quartéis e posições, e então ele pode decidir se vai ficar na Líbia ou viajar para outro país", afirmou.
"Se ele desejar ficar na Líbia, determinaremos um lugar e será sob supervisão internacional. E haverá supervisão internacional de todos os seus movimentos", disse.
Ajuda
A Turquia prometeu US$ 200 milhões em ajuda ao Conselho Nacional de Transição e afirmou que chegou o tempo para o ditador Kadafi deixar a Líbia.
"A exigência do povo por reformas deve ser respondida, Kadafi deve partir e a Líbia não deve fica dividida", disse o ministro de Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu.
A Turquia, que tinha fortes laços com Kadafi, tem pedido para o ditador deixar o poder e afirma que a crise no país precisa de uma solução política
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