quarta-feira, 18 de maio de 2011

"REPERCUSSÃO INTERNACIONAL - Morte de Bin Laden pode abrir precedentes"

EUA teriam tendência de matar membros da Al-Qaeda do que capturá-los
FOTO: REUTERS
De acordo com parlamentares ingleses, a operação dos EUA pode fazer com que outros países matem indivíduos

Londres Um relatório elaborado por parlamentares britânicos sugere que a morte de Osama bin Laden pode abrir um precedente para assassinatos cometidos por Estados no futuro.

De acordo com o documento, "a natureza do assassinato de Bin Laden pode ser sinal de que os EUA teriam tendência cada vez maior de matar membros da Al-Qaeda do que de capturar".

"Uma implicação maior é que a morte possa ser vista como precedente para o assassinato de indivíduos por qualquer país, além de fronteiras nacionais, pelo menos quando envolver terrorismo", afirma.

Preparado pela Câmara dos Comuns - a Câmara dos Deputados do Parlamento do Reino Unido -, o relatório diz ainda que "quanto mais Estados agirem assim, mais aceitável, pelo menos politicamente, se torna, mesmo que não o seja em termos das leis internacionais".

Kadafi
Os EUA dizem que a operação que matou Bin Laden foi legal, mas críticos dizem que ele deveria ter sido capturado vivo.

O relatório britânico afirma que muitas das questões referentes à legalidade da operação só poderiam ser respondidas se o governo dos Estados Unidos revelasse as instruções dadas para os agentes envolvidos, quais os esforços feitos para pressionar Bin Laden a se render e qual ameaça ele representava naquele momento.

Ao contrário da primeira versão divulgada pela Casa Branca, o governo americano disse posteriormente que Osama bin Laden estava desarmado na hora do assassinato.

O relatório britânico diz ainda que a morte do líder da Al-Qaeda pode ter consequências nas operações da Otan na Líbia, já que "alguns dos argumentos usados para justificar a legalidade do assassinato de Bin Laden poderiam ser aplicados se as forças da coalizão matassem o coronel Kadafi".

Os integrantes da coalizão dizem que a resolução das Nações Unidas não os autoriza a alvejar o ditador líbio, mas afirmam que instalações de comando são alvos legítimos se estes forem usados para dirigir ataques contra civis.
FONTE: DN.

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