segunda-feira, 12 de abril de 2010

"PIADA DO DIA NO BLOG DO POETA - FABRICA DE LINGUIÇA"

. PELO TELEFONE

- Está lá?

- Estou. Está lá?

- Estou.

- Quem está lá?

- Maria.

- Qual Maria, a criada ou a minha mulher?

- A criada, dr. Manoel, as suas ordens.

- Maria, ouça bem: estou cá no aeroporto, a aguardar embarque no próximo vôo, e esqueci-me de levar ao correio uma carta urgente. A carta estava aí sobrescritada e selada, creio que a deixei ao por de cima daquela cômoda do dormitório. Tu vais lá, apanhas a carta e entregas a estação de correio ainda hoje, percebeste bem?

Caso lá não esteja, tu voltas cá ao aparelho auscultador e me avisas.

Fico a esperar cá na linha. Vai.

- Pois não, dr. Manoel. (tempo) Dr. Manoel, eu estava quase a entrar ao aposento, mas vi que dona Maria esta lá, despida.

- Ora, Maria, basta que batas a porta, que peças licença. A patroa sabe que se trata de coisa urgente. Anda, volta lá e faz o que te mandei.

- Pois não, dr. Manoel. (tempo) Dr. Manoel, perdão, mas eu cá lá já não entro, não.

- Como? Por que não?

- Agora não, dr. Manoel. Acabo de ver que dona Maria está acompanhada.

- Como?? Acompanhada de quem?

- É um cavalheiro que não conheço, dr. Manoel.

- Um cavalheiro? Mas que diabos ! E esta também despido, o cavalheiro?

- Não se pode ver, dr. Manoel, pois que o quarto esta todo as escuras.

- Ah, raios me partam, pelos cornos de Belzebu ! Maria, conjuro-te a fazer o que te vou mandar. Sabes onde guardo meu revólver?

- Sei, dr. Manoel.

- Pois bem, volta ao quarto com a arma e mata os dois. A ambos, percebes?

- Aguardo cá na linha e só quero ouvir-te de novo para me dizeres que

estão mortos. Vai!

- Esta bem, dr. Manoel. (tempo) Pronto, dr. Manoel, fiz o que o doutor mandou.

- Mataste? Os dois?

- (ofegante) Matei, dr. Manoel. Entrei ao quarto e consegui atingir dona Maria ao primeiro disparo, mas o cavalheiro escapuliu pelo corredor e tive que ir-lhe ao encalco. Correu de mim de assoalhada em assoalhada, de lanço em lanço, de patamar em patamar, escoriou-se todo na mobília, e disparei varias vezes, sem atingi-lo. Mesmo despido, saltou a janela ao jardim e corria a galgar o muro, quando consegui mirar o último disparo. Ele cambaleou e caiu morto a piscina...

- Com? Piscina? De onde estão a falar? Ih, e engano!

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