quarta-feira, 31 de agosto de 2011

"CADÊ O CONCURSO DE CHAVAL? Até quando vai a protelação?"


 Vemos todas as cidades realizando seus devidos concursos, com recomendação do Ministério Público ou não, mas estão realizando. Até o Estado do Ceará já anunciou seu concurso!! 
   Mas em Chaval, como sempre, as coisas andam empurradas com a barriga, ganhando tempo... protelando. Nem a pressão do Ministério Público da Comarca de Chaval parece está conseguindo que o concurso saia em tempo hábil.  Como todos sabem que o o promotor Dr. Franke Rosa não veio para brincar e não aceita protelações, então ninguém tem dúvidas que o concurso irá acontecer. O problema é saber quando acontecerá. 
    Porém, todos percebem que a administração municipal está ganhando tempo, enviando um Projeto de Lei absurdo, onde não fixa valor de salário a cada cargo que será aberto vagas, por exemplo. O projeto então recebe emendas, e volta para o executivo. De lá faz-se outra modificação, e envia-se novamente  para a apreciação da Câmara. E por aí vai, em um ping pong. Assim, muitos ainda se mantém em cargos contratados, devido a protelação do concurso. 
    O promotor dessa comarca, apesar de estar no Ceará a pouco tempo, já conseguiu entender o mecanismos de criação de dependência do eleitor com os caciques políticos, o que prende esse eleitor a sempre votar em um determinado grupo político. 
    As relações de dependência são de muitas formas, em estados pobres nordestinos, e a principal é a preservação de empregos públicos através de contratos, o que permite que haja promessas de emprego em troca de votos durante o período eleitoral, o que caracteriza a compra de voto por oferta de vantagens econômicas. 
    Por esse motivo, é sempre conveniente para quem está no poder não fazer concurso, porque também deixa com medo aquele funcionário contratado, que não tem a estabilidade de um concursado. Esse contratado fica controlado pela insegurança de continuar no emprego. Ou seja fica condicionado àquele grupo político continuar no poder, e continuar ganhando as eleições. 
    Se o grupo perder as políticas, então aquele contratado terá encerrado o contrato de trabalho. Assim, para não perder o emprego, cada funcionário contratado acaba se tornando um "cabo eleitoral" daquele grupo que ora está no poder. 
    Pois, em havendo o concurso, os aprovados terão que ser convocados e gozarão de estabilidade, e com isso ele sabe que poderá votar em quem desejar, em quem achar melhor para governar o município. 
    O concurso será o fim do "cabide de emprego" que tanto corrói nossos suados impostos, e que tem a finalidade única de preservação de um grupo político sempre no poder. 
   O que faz a democracia é a alternância no poder. O que faz um município, e um Estado, e até um pais se tornar desenvolvido é também a alternância no poder. Assim, para se preservar no poder, o única forma que deveria restar ao governante deveria ser governar bem e direcionado para a maioria, sem se descuidar de proteger as minorias. Portanto, governar bem deveria ser a condição da aprovação do governante nas próximas eleições, em vez de ser a "amarração" de eleitores através de oferecimento de vantagens econômicas.
     Assim, em sendo concursado, na hora da eleição este dará preferência a quem tem melhores propostas, e a quem tem mais credibilidade. Esse binômio representa "governar bem" e represenda desenvolvimento. Assim, pessoas novas sempre terão muitas chances, à medida que aquele grupo político atual mostre que não tenha boas propostas, ou mostra que não  mais a credibilidade com o cidadão. 
   Veja aí um exemplo de duas cidades vizinhas: Camocim e Granja. Em Camocim os dois grupos são sempre quase equilibrados na quantidade de votos, se alternando no poder a quase todas as eleições, um grupo passando no máximo dois mandatos seguidos no poder.
    Em Granja, é praticamente o mesmo grupo que manda a quase meio século. E o resultado é que Camocim, que fora distrito de Granja, esbanja hoje em crescimento econômico. Isso enquanto Granja vive estagnada, e vez por outra até aparenta que regrede econômicamente. 
    Citando outra cidade como exemplo: Barroquinha, que outro dia era distrito de Camocim, e a 16 anos aproximadamente tinha o segundo menor IDH do Brasil. Barroquinha perdia apenas para uma cidade do Acre, que era a pior cidade do Brasil em IDH. Porém, como em Barroquinha existe alternância no poder, conseguiu evoluir bastante, e muito mais do que Chaval. Hoje Barroquinha está com o IDH muito, mas muito melhor do que Chaval.
    E porquê? Ora, quem ganha as eleições tem que fazer melhor do que seu antecessor, e tem que mostrar serviços, e tem que construir mais obras. Senão não tem nenhuma chance de melhorar na preferência do eleitorado, e assim poder sonhar em uma reeleição.  
    Já Chaval, desde a emancipação que tem a tradição de ter sempre um grupo político mandando em média quatro mandatos, 16 anos, não consegue ter uma melhora nos índices em relação ao todo.  
     Outro bom exemplo é o município piauiense de Cajueiro da Praia, uma cidade limítrofe  da nossa, e que se amancipou ainda mais recente do que Barroquinha. Em Cajueiro praticamente todas as eleições existem uma oposição forte, e que consegue ganhar as eleições, havendo alternância no poder. A única exceção foi o último mandato, em que o prefeito Girvaldo conseguiu se reeleger. Mas só ocorreu devido ele ter escolhido fazer uma boa administração sem a preocupação de fazer a política. 
   A prova disso é que em tão pouco tempo aquele "micro município" que tem praticamente a metade da população de Chaval (que por sua vez já é muito pequeno) mostrou que se desenvolveu muito. Observadores mais perspicazes alertam que em uma década apenas Cajueiro passara de Chaval em índice de desenvolvimento, quiçá em tamanho econômico e populacional.  
   Assim, Chaval se compara com Granja, e ambas andam a passos de tartaruga, quando não estão andando a passos de Caranguejo (que às vezes andando de lado, e outras vezes andando para trás, segundo o dito popular). 
   Então, cá com meus botões... compreenda aí você o porquê do desespero do "chefinho" com as medidas tomadas pelos vereadores de oposição bem como as medidas tomadas pelo Ministério Público da Comarca de Chaval. Pois propostas de governo que se aproveite ele, o "chefinho" nunca teve, e credibilidade, essa muito menos. Ele não encontra mais quem acredite em suas mentiras. 
    Tivesse algum resquício de credibilidade, o "chefinho" não precisaria ter posto seus chegados para mentir aos eleitores. Agora, nem esses nesses últimos tem mais quem acredite. Mentiras demais... uma hora a coisa se esgota.  É o CÍRCULO SE FECHANDO. 
   
    PROVERBIOS POPULARES:
    "tem gente que nunca criou juizo, porque não sabe nem o que é que o juizo come."

   "Todo expertinho demais é burro". (E você tem alguma dúvida disso?)

FONTE: CHAVALNOTICIAS.

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