quinta-feira, 22 de julho de 2010

"Ofende os bons, quem poupa os maus - CARTA DE UM OUVINTE"

Bom dia Senhor Carlson.

Cumprimentando-o servimos a seguinte matéria com o objetivo que seus ouvintes e leitores possam tirar a propria conclusão e formar o juízo.

Há um ditado latino que diz: “bonis nocet, qui malis parcit”.
Esse ditado é repetido em vários países, em vários idiomas. Em nosso bom português é “Ofende os bons quem poupa (ou protege) os maus”.

Veja quanta verdade está inserida neste ditado!
Nada é mais desmotivador para um cidadão legal do que a injustiça de ver pessoas erradas sendo tratadas da mesma forma que pessoas certas. Nada é mais desmotivador do que vermos pessoas desonestas sendo tratadas da mesma forma que as honestas. Nada é mais desmotivador do que a injustiça e a impunidade.
Um dos grandes problemas do Brasil, dizem os jornais e revistas, é a impunidade. Quem faz o certo se sente injuriado ao ver a impunidade. Assim, os que pagam seus impostos em dia são zombados pelos que não pagam na certeza de uma anistia fiscal. Os que chegam aos compromissos no horário marcado sentem-se tolos, ao verem que o horário respeitado é o dos que chegam meia hora atrasado. Os organizadores do evento ainda têm a petulância de dizer: “Vamos demorar mais meia horinha para começar porque muitos convidados ainda não chegaram...”. Quem respeita as leis do trânsito fica revoltado ao ver os que desrespeitam o fazerem na frente de um policial, e nada acontecer. Isso sem falar nos corruptos e traficantes soltos. Nos invasores de áreas públicas e vândalos privilegiados. Nos que usam sons altos que perturba o sossego alheio e nos pichadores do patrimônio histórico que são elogiados como “grafiteiros”, etc.

Anestesiado por tanta impunidade, como se sente o brasileiro?
Abraço forte, extensivo aos seus familiares, ouvintes e leitores.

Por Josef Anton Daubmeier
Postado no Blog do Pessoa.

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