quinta-feira, 29 de março de 2012


EM PARAIPABA, PREFEITA "SUMIU" E SECRETARIAS ESTÃO FECHADAS APÓS PRISÃO DE SECRETÁRIOS

De portas fechadas e trancadas. É dessa maneira que estão as salas de oito das onze secretarias municipais da cidade de Paraipaba, um dia depois da prisão de 16 pessoas envolvidas em suposto esquema de fraudes em licitações no Município. Em visita na tarde de ontem à cidade, a Repórter Ranne AlmeidadoJornal O Povo, percorreu todas as pastas e constatou que as secretarias de Finanças, Cultura, Infraestrutura, Agricultura, Controladoria, Tesouraria, Chefia de Gabinete e Procuradoria não funcionavam, nem prestavam atendimento à população desde a última terça-feira. Destas pastas, apenas a de Agricultura não teve o seu secretário preso. Já as Secretarias da Educação e da Saúde, cujas gestoras foram detidas na operação da Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública, funcionavam sem o comando das secretárias. Quando abordados pela reportagem, servidores municipais que realizavam suas funções nas poucas secretarias que restaram esquivaram-se de prestar informações. 
Apesar de as prisões terem sido o principal assunto entre moradores da cidade durante todo o dia de ontem, o mesmo silêncio dos servidores foi presenciado na população, no momento em que a reportagem se aproximava. Por medo se represália, moradores não falavam sobre o assunto com O PovoSomente o vidraceiro Raimundo Ferreira, 54, entre os mais de 30 pessoas abordadas, optou por se identificar. “Paraipaba está a ver navios, porque não temos mais em quem confiar”, criticou. A prefeita da cidade, Joana D’arc Batista (PP), foi procurada pelo O Povo na sede da Prefeitura. A recepcionista do prédio, que também preferiu não se identificar, informou que, desde a semana passada, a prefeita não comparece ao seu gabinete.
Lá vou eu: Isso daí é praxe na esmagadora maioria das prefeituras do interior do Ceará. A prefeitura "funcionando" a partir de uma cela de cadeia, mas a força do poder ainda "toca" o terror na população, incentivando a perseguição, a violência a quem ousar abrir a boca. É a lei da mordaça e da chibata. A cartilha é igual.  
Postado por Tadeu Nogueira às 08:18h
Com informações do Jornal O Povo

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