Espera sem fim: segundo familiares e vizinhos de Manoel Bras dos Anjos, a ambulância demorou uma hora e 15 minutos para chegar à residência do paciente.
FOTO: JOSÉ LEOMAR
População reclama da lentidão no atendimento do serviço e da precariedade de suas unidades móveis.
Idoso morre sem assistência médica, embora o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tenha sido acionado para socorrê-lo. No fim de noite da última terça-feira, o aposentado Manoel Bras dos Anjos, 77 anos, passou mal e a família dele solicitou o serviço às 23h30 e somente uma hora depois uma equipe de socorrista chegou a casa do paciente, no bairro Edson Queiroz, encontrando-o já sem vida.
A denúncia foi feita pelo trabalhador autônomo, Sérgio Farias, 38 anos, que procurou o Alô Redação para denunciar o atraso no atendimento. Segundo familiares do aposentado, conforme o quadro do paciente se agravava - pressão baixa e falta de ar -, familiares e amigos realizaram várias outras chamadas pedindo o atendimento do Samu, que só chegou às 00h45.
O atendimento de urgência poderia, no entanto, ter sido prestado se policiais do Ronda do Quarteirão, da viatura 1090, tivessem sido autorizados a fazer o transporte do paciente até o hospital mais próximo. Segundo vizinhos e familiares de Manoel Bras dos Anjos, de 77 anos, os policiais estavam dispostos a prestar socorro, porém foram impedidos pela Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops).
"Não só o atraso do serviço de emergência nos indignou, como também a impossibilidade de se prestar o socorro pelos policias do Ronda do Quarteirão", desabafou Sérgio Farias.
Segundo Rafael Bras do Anjos, 22 anos, neto do aposentado, o avô sofria de hipertensão, "mas durante à noite notamos que ele estava diferente, com a pressão baixa, e uma forte falta de ar. Logo em seguida ligamos para o Samu, informamos a gravidade da situação, e eles disseram que já estavam mandando uma unidade para o local. Porém a ambulância chegou tarde", contou.
Os vizinhos informaram também, que a Unidade que chegou para prestar socorro não tinha nenhum equipamento, somente o motorista e um auxiliar de enfermagem com uma prancheta. "Eles chegaram, viram o senhor Bras e disseram que ele estava morto, porém não averiguaram a pupila, nem outros procedimentos", disse o técnico de enfermagem Marcos da Silva Gadelha, 28.
O secretário municipal de Saúde, Alex Mont´Alverne, disse que não poderia fazer nenhuma avaliação do caso, isso porque será preciso uma apuração mais detalhada para saber se realmente houve falha do programa, e se teve, identificar onde ocorreu. "Iremos ouvir as gravações das solicitações, verificar o horário dessas chamadas, assim como a hora em que foi repassado o pedido para ambulância e o momento em que ela chegou ao local", explicou.
O coronel Werisleik Pontes Matias, comandante do Ronda do Quarteirão, disse que em casos de emergência, o socorro pode ser prestado tranquilamente pelos policiais.
O responsável pela Ciops, tenente-coronel Aristóteles Coelho, prometeu apurar mais detalhadamente o ocorrido, porém adiantou que a viatura é que assume a ocorrência na rua, e que caso seja necessário mudar sua rota, não é necessária autorização do Ciops.
Funcionamento:
250 atendimentos por dia são realizados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Porém, a maioria das solicitações é trote.
LÁ VAI O BESTA: Quiçá
Aqui não fosse como lá
Mais é exatamente igual
Por culpa de decisão imbecil
Falta até mesmo captopril
E hipertenso vai parar no Hospital.
Ai vereador enganado
Faz discursos equivocado
Se achado que é o tal
O tal mais desinformado
E coloca a culpa no estado
Só for seu estado mental.
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