A principal peça que participa das manobras é o porta-aviões nuclear americano "George Washington", que pode transportar 75 aeronaves, inclusive dois caças-bombardeiros
FOTO: REUTERS
Em resposta ao exercícios militares da Coreia do Sul e dos EUA, a Coreia do Norte posicionou mísseis
Seul. Estados Unidos e Coreia do Sul deram uma demonstração de força, ontem, ignorando as ameaças da Coreia do Norte a respeito de suas manobras militares conjuntas, o que elevou a tensão na península.
De acordo com um porta-voz do Pentágono, as operações conjuntas "são de natureza defensiva e destinadas a reforças a dissuasão contra a Coreia do Norte", e "não são dirigidas contra a China".
A principal peça do equipamento aeronaval é o porta-aviões nuclear "George Washington", que pode transportar 75 aviões, entre eles dois caças-bombardeiros.
Segundo fontes militares sul-coreanas, a Coreia do Norte realizou, ontem, disparos de artilharia dentro de território norte-coreano, nas proximidades da ilha sul-coreana de Yeonpyeong, que voltaram a obrigar aos residentes a refugiar-se nos bunkers.
Além disso, Coreia do Norte posicionou mísseis terra-terra sobre plataformas de lançamento no Mar Amarelo, com alcance de 95 quilômetros, mísseis terra-ar, do modelo soviético SA-2, com alcance de entre 13 e 30 quilômetros, e mantém suas posições de artilharia prontas para combate.
Preocupada, a China convocou uma reunião de emergência para discutir a situação na península asiática.
Pequim sugeriu que os seis países que participam das negociações sobre o programa nuclear norte-coreano (as duas Coreias, EUA, Japão, Rússia e China) se reúnam no começo de dezembro, advertindo que a comunidade internacional está "profundamente preocupada" com a atual situação na península coreana.
A Coreia do Sul rejeitou a proposta. "Agora não é hora de discutir um encontro multilateral", respondeu o porta-voz do governo sul-coreano Hong Sang-pyo. Ele afirmou que a mesma proposta já havia sido rejeitada durante encontro de uma missão chinesa com o presidente Lee Myung-bak.
Como já sabiam da rejeição de Seul, a proposta foi uma tentativa chinesa de "salvar as aparências" em meio à pressão internacional para que Pequim atue para conter a Coreia do Norte, segundo analistas ouvidos pela agência estatal Yonhap.
Ameaça:
95 quilômetros é o alcance dos mísseis terra-terra posicionados pela Coreia do Norte. As posições de artilharia do país estão prontas para combate.
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