O ex-premiê Ayad Allawi (à direita) afirmou que o acordo "está morto"; o xiita Al Maliki continuaria como premiê
FOTO: REUTERS
Bagdá. Os árabes sunitas rejeitaram, ontem, o acordo anunciado na véspera para a divisão do poder e formação de governo no Iraque. Políticos tentam salvar a solução que encerraria oito meses de impasse no país.
O ex-premiê Ayad Allawi, líder do bloco Iraqyia, que incluiu os sunitas descontes, afirmou que o acordo está morto. "Esta é uma nova ditadura acontecendo no Iraque", disse Allawi.
Nas eleições de 7 de março, a aliança xiita com apoio sunita Iraqiya, de Iyad Allawi, saiu com 91 das 325 cadeiras do Parlamento. Logo atrás, a exclusivamente xiita Estado de Direito, de Maliki, obteve 89 cadeiras. A também xiita Aliança Nacional Iraquiana (ANI) obteve 70 cadeiras e outras 43 ficaram com a aliança curda. Eram necessárias 163 cadeiras para um governo sem coalizão.
Os legisladores conseguiram eleger o sunita Osama al Nujaifi como líder da Câmara, mas logo em seguida vários membros do bloco de Allawi deixaram a sessão, antes da votação para presidente, cargo que ficou com o curdo Jalal Talabani. O xiita Nouri Al Maliki vai continuar como premiê.
O Iraqiya condiciona sua participação a quatro pontos: uma lei formando um órgão para a segurança, um comitê para examinar casos de presos políticos, uma norma para determinar como será a divisão do poder, e a anulação da proibição dos três parlamentares do bloco de assumirem seus postos.
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